Durante a segunda metade do século XX a mesorregião do Agreste paraibano era grande produtora de açúcar. A administração de grande parte dos municípios dessa região se encontrava sob o domínio dos interesses dos grupos econômicos, especialmente dos usineiros. O presente trabalho pretende discutir como as elites dominantes latifundiárias - produtores de açúcar e detentores de grande parte das terras na Paraíba, o denominado "Grupo da Várzea" - influenciavam nas escolhas dos representantes políticos do Agreste paraibano e como essas influências acabavam por determinar a arquitetura da possível governabilidade nessa região. A nossa discussão perpassa pelas questões que fomentam a formação de uma classe política oligárquica onde os jogos de interesses são determinantes na constituição de uma cultura política predominante. De acordo com as fontes consultadas, as escolhas dos representantes políticos e o papel desses agentes, nos poderes legislativo e/ou executivo, se dava sob a forte influência desse grupo de usineiros. Para a realização dessa pesquisa utilizamos de diferentes documentos tais como jornais, revistas, história oral, relatórios, processos crimes etc.