MEMÓRIA E POLÍTICA: O CENTENÁRIO DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR NO CEARÁ (1924)

PAULO GIOVANNI GOMES VALENTE

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Paulo Giovanni Gomes Valente

giovanni_paulo@hotmail.com

1 - História Política, História das ideias e Meios de Comunicação

 

As ações comemorativas convidam os indivíduos de um determinado grupo ou sociedade a rememorarem determinados fatos passados coletivamente. Tais ações tornam-se ainda mais ambiciosa quando as comemorações buscam criar ou reforçar laços de identidade dentro de uma comunidade, envolvida por questões políticas. A participação do Ceará na Confederação do Equador serviu para criar um momento desses. As memórias daquele evento político ocorrido no ano de 1824, nos momentos iniciais do Império brasileiro, foram retomadas nos primeiros anos da Proclamação da República do Brasil, e por meio de algumas ações de políticas da memória, diversas leituras e interpretações foram formuladas daquele evento. O ano de 1924 é marcado pela passagem centenária daquele evento. Um século depois o que pode ter ficado de resquício das lutas políticas daqueles primeiros momentos do pós-independência do Brasil? Quais as personagens que fizeram parte da Confederação do Equador no Ceará e passaram a ser identificados como heróis cearenses?  Quais espaços foram utilizados para pretensamente eternizar as memórias daquele evento? E a produção histórica, qual o seu lugar nesse processo? Investigando livros, jornais, revistas, almanaques, e lugares públicos busca-se elaborar algumas considerações a respeito dessa relação entre políticas e memórias. Pensar sobre essa ligação entre política e memória pode fornecer mais alguns indícios para compreensão das relações políticas em uma determinada sociedade.