As mulheres vêm cada vez mais assumindo papeis de liderança na sociedade brasileira, ampliando sua participação no mercado de trabalho e sua consciência política. No entanto, ainda recebem os menores salários e são responsáveis pela maioria dos afazeres domésticos, demonstrando ainda a predominância de características patriarcais como a divisão sexual do trabalho. No tocante à participação política, a discrepância de gênero se agrava. Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, apesar das mulheres comporem 52,13% do eleitorado brasileiro em 2014, elas não ocupam na mesma proporção cargos institucionais da política nacional. Somando-se a isto, envolto da discussão da retomada da História Política, as últimas décadas foram marcadas por intensas transformações sociopolíticas que possibilitaram a visibilidade social da mulher e sua incorporação como tema na produção historiográfica. Ainda assim, nos deparamos com uma pequena produção referente à temática no habitat histórico, eles, em sua maioria, são fruto de pesquisas da militância de movimentos sociais, ou de grupos afins inseridos nas academias. Nesse sentido, levando em conta esse lacuna referente a produção referente à temática, nosso trabalho buscará compreender a participação feminina na política partidária brasileira a luz das ideias da Nova História Política. Nos propomos a realizar um revisão historiográfica, afim de traçar um panorama dessa participação, destacando a ou as culturas políticas de determinados momentos históricos nos quais as mulheres tiveram maior projeção política.