Apresenta-se um texto baseado em uma pesquisa, oficializada pelo programa de pós-graduação em história da Universidade Federal da Paraíba (PPGH/UFPB), sobre as "prisões preventivas" efetuadas graças as comunidades de segurança e informação, em Pernambuco, após a implantação da ditadura civil-militar no ano de 1964. Objetiva-se, principalmente, analisar a estruturação e o funcionamento das instituições responsáveis pela segurança e informação naquele período; problematizar os motivos e justificativas destas detenções efetuadas tão logo se instituiu o regime ditatorial. Dando, desta forma, evidência às trajetórias de vidas de anônimos que tiveram o cotidiano invadido pela ideia de normatização que o regime militar instituiu, os quais ao serem considerados "subsersivos" experimentaram o peso de um encarceramento militar.Ao arriscar explorar situações tão complexas o estudo busca utilizar diversos métodos fornecidos pela Nova História, buscando a articulação de conceitos como cultura política, biopolítica e micro-história. As fontes utilizadas para compor a dissertação são, principalmente, os documentos do DOPS/PE, e os relatos orais de memória do CEHIBRA da Fundação Joaquim Nabuco e do Projeto Marcas da Memória.