O OLHAR LEVINASIANO SOBRE A EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO PAUTADA NO RESPEITO À SUBJETIVIDADE E ALTERIDADE.

VALÉRIA DOS SANTOS SILVA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal refletir sobre a educação e sobre algumas considerações levinasianas acerca de um possível vínculo estabelecido entre esta com a alteridade. Nesse sentindo buscará demonstrar uma relação entre subjetividade e alteridade dentro do campo educacional a partir da ética. A alteridade para Levinas (1906-1995, filósofo lituano-francês) significa não apenas um Outro aí, mas para além disso, um termo que funda uma relação com o Eu, em que cada termo permanece separado nesta relação. Essa é a condição para que tenhamos termos que não se submetam um ao outro, mas que proporcione ao Eu a possibilidade de responder à presença do Outro que já é fala, pedido de justificação. Em outras palavras, é necessário, portanto compreender que só é possível existir relações ético-pedagógicas se co-existem partes separadas que não se cumulam em uma totalidade. A tentativa de estabelecer um vínculo entre essa filosofia e a educação fundamenta-se no sentido de que as formas pedagógicas de se pensar a relação professor-aluno devem estar alicerçada numa ética em que suas partes encontrem-se em respeito mútuo. Pensar, pois, o Outro como alteridade absoluta em termos levinasiano e não como termo passível de objetivação é o primeiro passo para uma educação de sucesso. Para a realização dessa proposta usaremos alguns textos base, a saber: a coletânea de artigos apresentada no livro "Ética, Educação e Direitos humanos: Estudos em Emmanuel Levinas" e as obras: "Entre Nós: Ensaio sobre a Alteridade" e "Totalidade e Infinito: Ensaio sobre a Exterioridade" do filósofo Emmanuel Levinas, além de artigos e fichamentos que somem a esta produção.