O presente trabalho constitui um ensaio dissertativo que discute a postura de educadores (as) e alunos (as) frente a questões referentes à identidade de gênero e a diversidade sexual, e cujas reflexões são fruto das observações e experiências vivenciadas no contexto escolar de uma instituição da rede pública de Fortaleza-CE, participante do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Para melhor compreender os aspectos ressaltados na discussão em pauta, traçamos um paralelo entre as experiências observadas na sala de aula e as brincadeiras realizadas na hora do recreio escolar, durante o Projeto Hora de Brincar, idealizado e desenvolvido pelos bolsistas do PIBID. Assim posto, acreditamos ser importante ressaltar o contexto em que este trabalho foi escrito, em que a intervenção de bolsistas de iniciação à docência, apesar da exaustiva submissão aos prazos para a entrega de relatórios e ao produtivismo inerente à ambiência acadêmica, propõe-se a alcançar aspectos na escola que não estão previstos nos planejamentos destinados aos alunos, mas que apresenta-se como estratégia efetiva para o engajamento dos corpos gestor, docente e discente, de modo a contemplar todos os âmbitos que influenciam, de forma direta ou indireta, na aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, tomando como base a realidade observada na instituição em pauta, a relevância de tal reflexão se torna explícita a partir do momento em que compreendemos que a escola pública, apesar de ser considerada como instituição responsável pelo desenvolvimento de identidades individuais e coletivas, tem demonstrado grande dificuldade na desconstrução de preconceitos socialmente adquiridos. Face ao exposto, traçamos como principal objetivo deste trabalho evidenciar a ludicidade do Projeto Hora de Brincar como grande aliada no que diz respeito ao combate de posturas discriminatórias no ambiente escolar.