AS DIFERENTES VIVÊNCIAS SOBRE INFÂNCIA ENTRE GERAÇÕES NO SEMIÁRIDO

ANA CAROLINE GOMES FREITAS

Co-autores: ANDREA ABREU ASTIGARRAGA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Estudos sobre relações intergeracionais demonstram que a importância entre a troca de experiências com pessoas de idades diferentes, tais como, avós, pais e filhos, assim como, favorece, entre eles, a transmissão de valores e aprendizagens. Portanto, esta pesquisa incide sobre o tema: os modos de ser criança e de viver a infância nas relações intergeracionais, com ênfase nas categorias: morte precoce dos pais, alto índice de mortalidade infantil, trabalho infantil e processo de escolarização. O objetivo principal é descrever a infância de ontem e de hoje e as relações intergeracionais. Os sujeitos da pesquisa foram as (os) universitárias (os) do curso de pedagogia, seus pais e seus avós. A metodologia constitui-se de pesquisa qualitativa, feita a partir de narrativas autobiográficas escritas. No procedimento metodológico digitamos as narrativas (em blocos de 24), depois da análise temática, classificamos as categorias e analisamos de acordo com o referencial teórico. Verificamos que entre os avós houve muitos casos de morte precoce dos pais, alto índice de mortalidade infantil, experiência de trabalho infantil doméstico rural e pouca escolarização. Entre os filhos e os netos houve mudanças no contexto sócio-econômico que proporcionaram modificações em todas essas categorias. As mais significativas foram a melhora na renda per capta, o aumento no processo de acesso, permanência e conclusão da escolarização básica, inclusive com acesso ao ensino superior por parte de pais e filhos e os benefícios das políticas públicas de proteção à infância.