O presente trabalho apresenta uma interpretação sobre o livro "Pedagogia do Oprimido", de Paulo Freire, constituindo desdobramento dos estudos vistos na disciplina Educação Popular, do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Partindo do questionamento de como realizar uma educação libertadora na contemporaneidade capitalista, esse trabalho tem também o interesse de problematizar sobre alguns dos aspectos estudados, procuramos, através de pesquisa bibliográfica, encontrar justificativas importantes para refletir sobre as contribuições da obra para a práxis no campo educacional brasileiro. Espera-se que este estudo identifique contribuições das ideias de Freire para a perspectiva crítico-reflexiva que envolve a educação libertadora, em particular no que se refere ao ensino dos antagonismos de classes que envolvem o sistema educacional capitalista. Veremos que os impactos da sociedade capitalista com sua educação bancária, sobre os oprimidos, e a busca incessante do educador pela educação libertadora são aspectos bastante abordados e discutidos na obra de Freire. Constatamos assim, nessa interpretação inicial, que mesmo com o pouco de evolução ocorrido na educação brasileira ainda é recorrente os casos de opressão dentro das escolas, onde presenciamos educadores e educandos sufocados pelo sistema capitalista, sem espaço para reflexão, com poucas ferramentas para tentar realizar a transformação do mundo. Esperamos com esse estudo levantar questionamentos sobre as atuais práticas pedagógicas, e os impactos que a falta de criticidade pode causar entre educadores e educandos, e temos também a questão do vocabulário próprio de Freire, que se torna muito instigante no decorrer da leitura de seu livro, fazendo com que nos identifiquemos com as suas colocações e a partir delas iniciemos a ter uma visão crítica sobre a realidade.