Neste trabalho abordamos, de maneira breve, a vida e a práxis educativa adotada pelo pedagogo ucraniano Anton Semionovich Makarenko (1888-1939), edificada no trabalho coletivo, onde o educador, inserido no contexto da Revolução Russa (1917), assumiu o compromisso de reeducar crianças órfãs e marginalizadas no ideário de formar o novo indivíduo socialista. A pesquisa objetiva compreender como a pedagogia do coletivo de Makarenko contribuiu para uma formação transformadora e, de posse desse apanhado, apresentar aos educadores e acadêmicos da área educacional a possibilidade de uma prática docente direcionada ao horizonte da emancipação humana. Como método, a investigação utiliza a pesquisa qualitativa de natureza teórico-bibliográfica fundamentada no materialismo histórico-dialético, com obras de grande relevância para o assunto abordado, na qual destacamos Capriles (1989), Luedemann (2002), Maia (2010), Makarenko (2012) e Soares (2012). Observamos na atividade educativa proposta pelo pedagogo ucraniano Anton Semionovich Makarenko, fundamentada na coletividade e realidade concreta, uma relevante mudança na realidade de centenas de crianças marginalizadas, pois suas práticas envolviam educação e trabalho, teoria e prática, conexos a teoria materialista-dialética marxista. Embora também inserido numa sociedade injusta, num contexto de revolução e dificuldades, Makarenko valorizava e proporcionava a arte e a beleza no cotidiano de seus alunos, não como adereço ou lazer, mas como plenitude do ser humano, provando dessa forma, a possibilidade de uma práxis educativa emancipadora, marcando profundamente a história mundial da pedagogia. Nossa abordagem considera a necessidade de transformação da atual sociedade, dividida em classes e regida pelo acúmulo de capital, por outra, mais justa e humanizada.