A ordem do dia para classe trabalhadora é a necessidade da qualificação profissional e a busca pelo desenvolvimento das competências e habilidades exigidas pelo mercado de trabalho. Nessa lógica, a propagação de políticas públicas que atendem a esses requisitos tornaram-se o alvo de investimentos do governo. O objetivo desse trabalho é investigar o perfil que se tem formado no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), na intenção de rastrear nas diretrizes sócio pedagógicas o alinhamento com os imperativos formativos e ideológicos do capital em crise. A pesquisa de cunho teórico-bibliográfica, fundamenta-se sob análise do referencial metodológico marxista, na perspectiva de desvelar os nexos causais e impositivos entre o capital e as categorias da reprodução social, em especifico a educação. Nessa perspectiva constata-se que diante de uma crise de cunho estrutural a estratégia imperialista do sistema vigente, tem se ancorado na noção de competências destinado, principalmente, à formação da classe trabalhadora evidenciando o fortalecimento da relação entre educação e as demandas do mercado de trabalho. Assim, essa formação tem sido veiculada através da educação de nível profissionalizante e técnico, na medida em que esta tem expressado a total vinculação com o desenvolvimento das potencialidades técnicas, comportamentais e ideológica que as empresas tanto tem requerido. Inobstante, esse discurso reitera a intenção do sistema em subsumir a formação dos trabalhadores a cursos fragmentados, incentivando e os responsabilizando pela busca de um perfil de empregabilidade que apenas advogam uma necessidade de escamotear o desemprego, a exploração e as desigualdades sociais que se agudizam com a crise estrutural do capital.