Nos primeiros anos escolares a imaginação e a criatividade são incentivadas. Porém podemos observar ao longo da escalada dos patamares da educação que o incentivo à imaginação e à criatividade vai diminuindo até deixar de existir. De repente, no ensino superior, espera-se que os alunos sejam criativos, proponham com espontaneidade novos problemas e soluções. Nesse contexto, é aparente que a forma como a imaginação é tratada no decorrer dos anos escolares muda, e observando a dificuldade que os alunos têm de corresponder às cobranças feitas pelos professores, podemos perceber que um processo de tolhimento da imaginação teve sucesso. As consequências na educação da adoção do paradigma racionalista (que é o norteador da sociedade atualmente) são as tentativas de transformar os aprendizes em um ser que não é humano. Considerando a importância da imaginação na educação, buscarei nesse artigo analisar como a imaginação é trabalhado na escola a partir das contribuições teóricas de Durand e Saviani, pressupondo processos de tolhimento e incentivo a imaginação no contexto escolar.A partir do problema do que chamo "bloqueio" dos alunos no final do ensino superior quando precisam produzir uma monografia, analisarei a forma como a imaginação é tratada na educação com pressupostos processos de tolhimento e incentivo. Traçando um panorama da sociedade racionalista moderna e da função da escola dentro da conjuntura atual colocarei a questão da importância da imaginação na educação.Analisarei a presença da imaginação nas Diretrizes educacionais em nível nacional e no principal instrumento avaliativo de desempenho da escola básica- O ENEM- para perceber o grau de prioridade que é dado a imaginação dentro das políticas educacionais.