DIVERSIDADE DA FAUNA DO SOLO COMO BIOINDICADORA EM ECOSSISTEMA NATURAL E AGROECOSSISTEMA

TIAGO DOS SANTOS ALVES

Co-autores: PROF.ª. M. SC. JAMILI SILVA FIALHO
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Nos ecossistemas pode-se encontrar grande biodiversidade, cada um desempenhando sua função e contribuindo para o equilíbrio ambiental. A partir do conhecimento da variedade de animais no solo e os considerando como bioindicadores, é possível verificar o estado do ambiente. Este trabalho foi realizado na Fazenda Não me Deixes em Quixadá - CE, localizado a 4º 58' 17'' S e 39º 00' 55'' W, com altitude de 190 m. A temperatura média situa-se entre 26° a 28º C, a média pluviométrica é de 838,1 mm e o clima é tropical quente semi árido (IPECE, 2008). Foram selecionadas uma área de monocultura de milho, cultivado desde 1988, e uma área de caatinga conservada. A amostragem da fauna foi realizada com armadilhas de queda (pitfall). Ao longo do maior eixo das áreas foram traçadas dois transectos, espaçadas em 10 m, com pontos amostrais espaçados em dez metros. Cada armadilha permaneceu na área por sete dias e todo o material obtido foi conservado com álcool 70% para posterior classificação. Em seguida foram calculados a riqueza e os índices de diversidade (Shannon) e equabilidade (Pielou). Nas amostras da monocultura os grupos predominantes foram Entomobryomorpha, Acari e Formicidae. Já na caatinga conservada os grupos foram  Formicidae, Symphypleona e Coleoptera. A diferente quantidade de organismos encontrados se reflete no índice de Shannon (1,74 na monocultura e 2,60 na caatinga) comprovando que a diversidade da fauna é maior na área conservada, devido à variedade de plantas. Isso se torna claro ao observar o índice de equabilidade de Pielou que na monocultura foi de 0,418 e na caatinga de 0,57. Conclui-se que a diversidade da fauna do solo pode refletir o estado de conservação da área e portanto, sugere-se usá-la como bioindicadora da ação antrópica.