REINVENÇÃO DA URBANIDADE: A CONSTRUÇÃO DO AÇUDE DE ORÓS E AS TRANSFORMAÇÕES DOS COSTUMES DAS POPULAÇÕES.

FRANCISCO DE ASSIS CAVALCANTE NETO

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

O Estado do Ceará foi marcado por grandes períodos de estiagem que assolavam a população. Esses períodos ficaram conhecidos como "secas" e configuraram tempos de miséria e escassez de alimentos que em nenhum outro período o povo cearense viveu. Dentre os tempos de carência mais conhecidos, aparece a seca de 1932, que se reveste de especial importância pelo contexto social que o Estado cearense apresentava.

Diante desse contexto, diversos literatos cearenses, promoveram suas impressões à cerca dos episódios em questão, dentre eles, aparece a figura do poeta Filgueiras Lima.

Em sua obra "Terra da Luz" de 1956, o escritor mostra a súplica do sertanejo pela construção do açude de Orós, que teria a finalidade de abastecer os municípios afetados com a falta de chuvas.

A metodologia utilizada será a análise da obra em questão, especificamente do poema "Orós", buscando perceber como a construção do açude de Orós, dentre suas diversas finalidades, serviu principalmente para impedir que levas de retirantes de municípios circuncidantes ao açude viessem para Fortaleza, gerando uma forma de reinvenção da urbanidade, tanto das cidades interioranas, quanto da capital, transformando assim o hábito e os costumes da população como um todo.

A proposta de comunicação é referente à pesquisa desenvolvida pelo GPPUR (Grupo de Pesquisa Práticas Urbanas), dentro do eixo "práticas letradas e urbanidades" e amparada pela bolsa IC-UECE.