EDUCAÇÃO DO HOMEM PARA SI E O HOMEM COMO CIDADÃO SOB A ÓTICA DE JEAN JACQUES ROUSSEAU
Gilvânia do Ó Costa
Maria Jucilene de Souza Ferreira
Ivoneide Fernandes (orientadora)
FECLESC-UECE
Esse artigo propõe problematizar os conceitos filosóficos sobre a educação do homem para si e para a sociedade a partir da visão de Jean Jacques Rousseau, ponderando as idéias contidas na obra Emílio ou da educação. Metodologicamente faz-se uma breve explanação da trajetória do autor, na tentativa de compreender como as decisões e os principais passos de sua vida explicam suas tendências. Objetiva-se apresentar a amplitude da idealização proposta por Rousseau, onde a referida obra minuciosamente demonstra como se deve cuidar e educar o humano, de seu nascimento a idade adulta. Assim relatando a formação do jovem Emílio, filho de um homem rico e entregue aos cuidados de um perceptor-mestre (o próprio Rousseau) fornece contribuições importantes à construção do conhecimento pedagógico, mesmo que por entre percalços e contradições. Dentro desse contexto possibilita-se observar os ideais educacionais presentes no livro em análise, onde propõe-se uma educação natural inicialmente para si mesmo, longe da cidade e das instituições, com acompanhamento de um adulto especializado e que respeite as principais fases da vida, no sentido de que as instituições sociais arrebatam a natureza do homem. Analisa-se, contudo, a idéia de uma formação inter humana e extra social, de si para a sociedade, dentro de seu ser cidadão.
Palavras-chave: Educação, Natureza, Sociedade.