Durante muito tempo foi de senso comum termos uma educação de péssima qualidade. Escolas em estado deplorável, professores despreparados e mal pagos, enfim, todo um sistema educacional falido, no entanto, apesar de muitas políticas de incentivo e de recursos garantidos pela Constituição Federal de 1988 e das leis editadas no início dos anos de 1990, ainda temos um déficit enorme quando se fala em educação. Esta pesquisa foi desenvolvida na disciplina de política e planejamento educacional sobre a orientação do professor Deribaldo Santos e pretende discutir como as políticas adotadas durante o regime militar contribuíram ainda mais para o atraso do sistema educacional brasileiro. Refletindo sobre o modelo de ensino tecnicista que foi implantado nesse período, buscamos compreender a sua contribuição para a propagação nas escolas da ideologia capitalista, tornando-as formadoras de profissionais qualificados para atender aos interesses do capital norte-americano que, através de acordos como, por exemplo, o MEC/UASID, os EUA almejavam expandir a sua zona de influência sobre os países da América latina. Assim, pretendemos refletir sobre o papel da escola nesse período da nossa historia, pois dessa forma é possível perceber que a educação atual é também reflexo de políticas adotadas no passado. Baseamos esse estudo em análise bibliográfica, perspectivando a dialética quantidade com qualidade, buscamos encontrar suporte em estudiosos como Demerval Saviani (2008), entre outros. Nossa pesquisa permitiu apontar que passados quase três décadas desde o fim da ditadura militar no Brasil, nossas escolas ainda convivem com as mesmas mazelas dos anos de chumbo.