ESTUDO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE HANSENÍASE DO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ, 2009 E 2010
Francisca Tuelly Bandeira de Oliveira 1- Graduada em Ciências
Biológicas (tchuelly@yahoo.com.br) FECLESC/UECE,
Clemilson Nogueira Paiva 2- Professor/ Orientador em Ciências
Biológicas (aedes.paiva@yahoo.com.br)FECLESC/UECE
A hanseníase é um importante problema de saúde pública no Brasil. O município de Quixadá na região Sertão Central do estado do Ceará é considerado pelo Ministério da Saúde como uma das áreas prioritárias para o controle da hanseníase, por ser um município bastante, populoso, comercial e turístico. Um estudo do tipo epidemiológico transversal descritivo foi realizado em Quixadá com o objetivo de analisar a situação epidemiológica. Os dados foram obtidos a partir da base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os resultados mostram que foram notificados 37 casos de hanseníase numa população de 80. 605 habitantes, assim a prevalência varia entre 2,2 e 2,4 habitantes afetados a cada 10 mil, nove unidades de saúde apresentaram pacientes hansênicos, os maiores percentuais de endemicidade foram registrados nos bairros mais populosos e periféricos da cidade. A maioria dos casos acometidos foi nas pessoas de cor da pele parda (54%), sexo masculino (59,45%) predominando sobre o sexo feminino (40,54%), com baixo nível de escolaridade, que não concluíram a 4ª série ou 5º ano do ensino fundamental (21,63%), desempregadas (29,7%) e com faixa etária variando entre 20 e 54 anos (81,08%). A forma clínica mais destacada entre os infectados de hanseníase foi a Virchoviana (45,94%), classificados como multibacilares (67,56%), a maioria (62,16%) não possuíam nervos acometidos, 37,83% possuíam de 2-5 lesões no corpo e o principal modo de entrada foi pela classificação de caso novo (81,08). Conclui-se, portanto que o município de Quixadá possui endemicidade de hanseníase nos anos estudados, a maioria dos casos acomete adultos, com baixa escolaridade, resultando em um alto índice de desemprego entre os infectados.
Palavras-chave: Lepra, saúde pública, sertão central