INTRODUÇÃO: A violência hoje é considerada um sério problema de saúde pública que traz imensos gastos todos os anos. Portanto, precisa-se de políticas que busquem a melhora desses índices, para isso os governantes precisam saber onde e que tipo de violência está ocorrendo. Esse controle é realizado através da notificação compulsória da violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Esse estudo teve como objjetivo relatar sobre relevância e mudanças na ficha de notificação individual de violência interpessoal/autoprovocada. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência sobre a ficha de notificação da violência discutida no mês de abril de 2016 em estágio na Célula de Vigilância Epidemiológica (CEVEPI) de Fortaleza, Ceará. RESULTADOS: No SINAN são notificados caso suspeito ou confirmado de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo ou infantil, tontura, intervenção legal contra mulheres e homens em todas as idades. Quando a violência ocorre na fora do ambiente familiar, são considerados objetos de notificação apenas as violências contra crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, pessoa com transtorno, indígenas e população LGBT. Essa ficha é de extrema importância para gerar dados e assim ser possível direcionar as políticas de saúde pública acerca da violência de acordo com os locais de ocorrência, público alvo, tipos de violência e assim por diante. As mudanças na ficha incluem novos campos sendo eles: Unidade notificadora que dá abertura para outras unidades notificarem e não apenas as unidades de saúde, nome social para o caso da população LGBT, identidade de gênero, orientação sexual, fator motivador da violência, ciclo de vida do agressor. CONCLUSÃO: Tendo em vista a importância das notificações é necessário que os profissionais de enfermagem assim como a equipe multiprofissional estejam capacitados para preenchimento da ficha e encaminhamento dos casos.