PERFIL DEMOGRÁFICO DE SAÚDE DOS IDOSOS DE ARATUBA-CE

TIBELLE FREITAS MAURICIO

Co-autores: PAULA CRISTINA ARAÚJO MORAIS, ALLYSON LOPES MIRANDA GONDIM, PAULA ALVES DE LIMA, JERRY DAYVID FREIRES FERREIRA e RAFAELLA PESSOA MOREIRA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO: A longevidade é uma grande conquista. No entanto, vem acompanhada de desafios, como o de manter um ciclo vital ativo em um grupo etário que se destaca por apresentar limitações progressivas. (MORAIS et al, 2015). Diante disso, é fundamental a identificação precoce de limitações fisiológicas no público idoso, a fim de se intervir em momento oportuno e proporcionar uma maior qualidade de vida a essa população.OBJETIVOS: Os objetivos do presente estudo foram identificar o perfil de diagnósticos de enfermagem e avaliar a saúde cardiovascular dos idosos participantes de atividades no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município de Aratuba-CE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal realizado com trinta e dois idosos participantes de atividades desenvolvidas semanalmente no CRAS do município de Aratuba-CE. A coleta de dados ocorreu no período de Novembro de 2013 a Junho de 2014. A amostra foi constituída por todos os idosos que, após explicações dos objetivos, aceitaram participar voluntariamente e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram coletados mediante a aplicação de um formulário contendo questões referentes aos dados sociais, demográficos, histórico de saúde cardiovascular, hábitos de vida e informações sobre as condições de saúde referentes aos domínios da NANDA-I. A análise dos dados foi realizada pelo programa Epi Info, versão 3.5.2. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNILAB, com parecer nº: 453.883. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados apontam que 68,8% dos idosos pertenciam ao sexo feminino, apresentando uma média de idade e escolaridade de 70,28 e 2,12 anos, respectivamente. Notou-se que 62,5% eram casados, com renda familiar equivalente a mil duzentos e dezesseis reais e setenta centavos. Em relação ao histórico de doenças cardiovasculares, 59,4% dos participantes afirmaram apresentar o diagnóstico médico de hipertensão arterial sistêmica, 28,1% diabetes, 28,1% dislipidemias, 12,5% de cardiopatias e 3,1% referiram ao menos um episódio de acidente vascular cerebral. No que se refere aos hábitos de vida, 77,5% dos idosos afirmaram contato ativo com o tabaco e 68,8% relataram contato de forma passiva. O consumo atual ou passado de álcool foi referido por 9,4% dos idosos.  As alterações no índice de massa corporal estiveram presentes em 75% da população, sendo 46,9% classificados com sobrepeso e 28,1% com obesidade. Já a circunferência abdominal esteve alterada em 78,1% dos participantes.  Após a verificação da pressão arterial, constatou-se que 71,9% dos idosos apresentaram valores pressóricos fora dos padrões de normalidade, sendo que 40,6% dos participantes apresentaram hipertensão sistólica isolada, 12,5% apresentaram o estágio limítrofe da hipertensão, 12,5% hipertensão estágio 2 e 6,3% hipertensão estágio 3. Em relação aos diagnósticos de enfermagem, foram identificados dezenove, sendo considerados para descrição somente os que estiveram presentes em pelo menos 40% dos participantes, sendo eles: Conhecimento deficiente (100%), Disposição para bem-estar espiritual melhorado (100%), Risco de quedas (55,55%) e Estilo de vida sedentário (44,44%). CONCLUSÃO: Os idosos participantes de atividade no Centro de Referência da Assistência Social do município de Aratuba-CE apresentam riscos cardiovasculares constatados pela avaliação do histórico pessoal de doenças cardiovasculares e análise dos fatores de risco, tais como: uso ativo e/ou passivo de tabaco, consumo de álcool, alterações na circunferência abdominal, índice de massa corporal e níveis pressóricos. Além disso, ressalta-se a presença respostas humanas identificadas sob a forma de diagnósticos de enfermagem que interferem de forma significativa no alcance à manutenção da saúde. Diante disso, faz-se necessário o direcionamento da assistência prestada por enfermeiros às reais necessidades de saúde da população idosa, visando promover mais anos de vida com qualidade.