Objetivou-se com essa pesquisa identificar os alimentos complementares ofertados pelas mães que amamentam, em uma Unidade Básica de Saúde da Família do município de Canindé-CE. Considera-se lactente a criança de 0 a 1 ano de idade e que a partir do 6º mês além de ser amamentado ao seio materno inicia complementação alimentar. Uma alimentação adequada é aquela rica em energia, proteínas e micronutrientes, que devem ser introduzidos em quantidades apropriadas. A alimentação complementar antes do seis meses pode causar retardo do crescimento, deficiências nutricionais, desnutrição ou sobrepeso. A alimentação complementar das crianças menores de 2 anos em nossa sociedade é de baixa qualidade, apresentando consumo frequente de leite de vaca, farinhas, achocolatados, açucares, salgadinhos, refrigerantes e doces. Tratou-se de estudo do tipo descritivo-exploratório, de cunho transversal e de natureza quantitativa. Realizou-se a pesquisa em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), com 52 mães de crianças entre 4 meses e 2 anos de idade. A coleta de dados realizou-se no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016. Realizou-se entrevista semi-estruturada utilizando-se instrumento validado por Oliveira et al (2015), sobre as práticas alimentares da criança, mediante consentimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A mesma foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Saúde Pública do Ceará, sem pendências, sob número de parecer 1.350.061. No que se refere aos lactentes à predominância foi a do sexo feminino, correspondendo a 53,8% da amostra (28).Relacionado aos sucos de fruta in natura 88,5% (46) já haviam tomado, e apenas 34,6% (18) da amostra dão preferência ao suco em pó e de caixinha. Evidenciou-se também o consumo de refrigerantes que correspondeu a 30,8% (16) das crianças e de café que foi de 53,8% (28). O uso de fórmulas lácteas e emulsificantes para o preparo de mingaus chegou ao percentual de 96,2% (50). Quanto ao consumo de outros leites 94,2% (49) da amostra consumiu outro tipo de leite. O consumo de refrigerantes correspondeu a 30,8% (16) e café à 53,8% (28). O uso de fórmulas lácteas e emulsificantes para o preparo de mingaus chegou ao percentual de 96,2% (50). balas, pirulitos e/ou outros doces, atingiu o percentual de 53,8% (28). Observou-se que as práticas alimentares dessas crianças ainda são permeadas por muitas questões culturais, tabus alimentares. Embora haja aleitamento complementar, o uso de leite ou fórmula em pó e rotina entre as mães.Bolachas, biscoitos doces com recheio e salgadinhos foram ofertados a 84,6% (44) das crianças da amostra.Observou-se que as práticas alimentares dessas crianças ainda são permeadas por muitas questões culturais, tabus alimentares. Embora haja aleitamento complementar, o uso de leite ou fórmula em pó e rotina entre as mães. Observou-se consumo precoce de alimentos sólidos em elevada proporção nas crianças estudadas, com risco potencial para sua saúde e para o desenvolvimento de doenças crônicas na idade adulta, como o consumo de doces, bombons, salgadinhos e alimentos processados. Através desse estudo pode-se concluir que há necessidade de busca de melhores estratégias e ações dos profissionais de saúde, para auxiliar as mães no processo de introdução de alimentos, contribuindo assim para a prática da continuação do aleitamento materno e escolha de uma alimentação saudável.