É de consenso mundial que os profissionais de saúde devem promover o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nos seis primeiros meses pós-parto. Nesse contexto, eles são os responsáveis por apresentar os benefícios da amamentação para a mãe e/ou família e orientá-la quanto ao uso do método da Lactação com Amenorreia (LAM).
O estudo tem caráter de pesquisa transversal e descritiva, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no alojamento conjunto (AC) da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), em Fortaleza-CE, hospital referência. A população foi constituída por puérperas internadas no AC da MEAC nos meses de janeiro e fevereiro de 2012, totalizando uma amostra de 278 puérperas. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas estruturadas, utilizando um formulário constituído por 23 questões, as quais abrangiam tópicos referentes à identificação sociodemográfica e obstétrica das puérperas e questionamentos acerca de seu conhecimento sobre a LAM. Os dados coletados foram analisados nos meses de março e abril de 2012, através do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 17.0 e foram então tabelados e analisados com base na literatura pertinente. O projeto foi submetido à avaliação do Comitê de Ética da MEAC e aprovado, com o Protocolo de nº 113//11. As participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Os dados apresentados revelam que o conhecimento sobre a LAM pode ser adquirido em muitas oportunidades, antes, durante e após uma gravidez. Os dados coletados mostram que houve maior prevalência de orientações acerca da LAM antes e durante a gravidez, com baixo percentual no período pós-parto.
Sobre a fonte de aquisição do conhecimento, percebe-se que a maior fonte isolada desse conhecimento é a informal, ou seja, através de amigos, familiares e conhecidos, correspondendo a 43 puérperas (32,8%). O enfermeiro aparece em segundo lugar (22,1%).
Através dos expostos, percebe-se a importância de capacitar os profissionais que atuam em PF para promover a LAM de forma adequada. Os resultados alcançados no estudo demonstraram a notável influência de tradições e mitos da própria comunidade em que a puérpera vive acerca do método, em especial relacionado à sua eficácia e critérios de utilização, o que desestimula seu uso ou encoraja um uso incorreto, acarretando em possíveis prejuízos para a saúde da mulher devido a um intervalo curto entre gestações.