INTRODUÇÃO: O leite materno possui propriedades nutricionais e imunológicas que atendem satisfatoriamente às necessidades fisiológicas do lactente, sendo recomendado o aleitamento materno exclusivo (AME) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) durante os seis primeiros meses de vida. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa.Realizado no Banco de Leite Humano de um hospital público estadual localizado na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Participaram do estudo sete mulheres que estavam realizando a ordenha do leite materno para seus filhos internados.A coleta dos dados ocorreu no período de agosto a setembro de 2015, através de entrevista, utilizamos um instrumento semi-estruturado. Para analisar os dados, foram utilizados: a transcrição das falas na íntegra, lidas e relidas exaustivamente, processamento, categorização, interpretação, e submetidas à análise de acordo com a literatura pertinente a temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Pode-se perceber que a atuação do Enfermeiro na orientação da ordenha manual do leite humano, além de contribuir para a valorização ao aleitamento materno, auxilia na disseminação dos benefícios deste ato e empoderamento da mãe. A ordenha manual para a coleta do leite humano de maneira correta é extremamente relevante e eficaz, não apenas para suprir as necessidades alimentares dos recém-nascidos (RN), mas também para a redução da morbimortalidade infantil, que, por si só, é responsável pela diminuição nos casos de diarreia e infecção respiratória em 60% e 80%, respectivamente. CONCLUSÃO: Constatou-se por meio das falas, que as nutrizes apresentaram o conhecimento coerente acerca da prática da ordenha manual do leite humano, minimizando os risco de contamização e perdas desse leite. O conhecimento desses resultados, embora reconheçamos a limitação do estudo, mostra-se importante entender a relevância das atribuições do enfermeiro, no processo de saúde materno infantil e na qualidade do leite ordenhado oferecidos aos RNs.