Objetivou-se analisar a satisfação no trabalho da equipe de Enfermagem de unidades obstétricas de um hospital público. Trata-se de estudo descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido entre fevereiro e março de 2016, nas unidades de internação obstétrica, sala de parto, emergência e centro obstétrico, pertencentes a um hospital público localizado em Fortaleza, Ceará. A amostra foi composta por 39 trabalhadores de enfermagem, incluindo enfermeiros e auxiliares/técnicos de enfermagem que atuavam na instituição há mais de 1 ano e ocupavam cargo assistencial. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizados um questionário socioeconômico e ocupacional e a Escala de Satisfação no Trabalho. Tal escala compreende medida multidimensional composta por cinco dimensões (Satisfação com as Promoções, Salário, Colegas, Chefia e Natureza do Trabalho). A tabulação dos dados foi realizada no software Excel e calculadas as médias e os desvios-padrão das variáveis quantitativas e das dimensões da escala. Os valores foram utilizados como parâmetros para a classificação do grau de contentamento do empregado em satisfeito; insatisfeito; e indiferente. Constatou-se que a totalidade dos trabalhadores era do sexo feminino, a média de idade foi de 38 anos, sendo a grande maioria solteira, que exercia atividade sem vínculo empregatício e com excessiva jornada de trabalho. Evidenciou-se que os trabalhadores de enfermagem se apresentaram insatisfeitos com as dimensões referentes a Promoções (3,48) e Salário (2,96); indiferentes com as dimensões Satisfação com a Chefia (4,73) e Satisfação com a Natureza do Trabalho (4,74); e, exclusivamente, satisfeitos com o relacionamento interpessoal estabelecido no contexto de trabalho, na dimensão Satisfação com os Colegas (5,15). Conclui-se, portanto, que as relações interpessoais e o interesse da equipe de enfermagem pelas atividades desempenhadas devem ser vistos como resultados positivos de satisfação profissional e fatores primordiais para a promoção da qualidade da assistência, os quais podem ser utilizados como medidas organizacionais para o desenvolvimento de estratégias que viabilizem a segurança do paciente no contexto da obstetrícia.