CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, CONHECIMENTO E MOTIVAÇÃO DE DOADORAS DE LEITE HUMANO

LUCIA VIRGINIA REIS ARAGAO DE CARVALHO

Co-autores: , MARIA VERACI OLIVEIRA QUEIROZ, FERNANDO DOS SANTOS ROCHA FILHO e KARLA MARIA CARNEIRO ROLIM
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

O aleitamento materno é a melhor estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para a redução da morbimortalidade infantil. O estímulo ao aleitamento materno vem sendo tema de grande interesse no planejamento das políticas públicas, visto que os indicadores mostram que as práticas de aleitamento materno no Brasil estão muito aquém do recomendado (BRASIL, 2009).

A pesquisa realizada no Banco de Leite do Hospital Geral de Fortaleza, em abril de 2016 com 17 doadoras selecionadas a partir do registro do cadastro no BLH. O convite à pesquisa incluiu aspectos éticos presentes no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Realizou-se entrevistas com roteiro semiestruturado, abordando características sociodemográficas, conhecimento e a motivação que possuem para serem doadoras. A análise dos dados qualitativos teve uma leitura minuciosa, codificando-se os temas, que agrupados por semelhança originaram as categorias. O projeto recebeu parecer nº 070807/2015. e as participantes foram identificadas pela letra "D", seguida de numeral arábico para conservar o anonimato das participantes.

O resultado dessa pesquisa mostrou que a caracterização das doadoras são na maioria jovens, casadas ou com união estável, pessoas simples com baixas condições socioeconômicas, permeadas de dificuldades na condução da família, pois assumem muitas atividades domésticas. Contudo, ao serem sensiblizadas à doação do LH motivam-se a ajudar a criança e seus pais, pois tem entendimento que é o melhor alimento para a criança, essencialmente, aquelas que nasceram prematuras. Para estas mulheres, o ato voluntário associado ao desejo de ajudar os outros parece justificar e favorecer a tomada de decisão sobre a prática de doação. Portanto, deve-se valorizar a capacitação profissional para o incentivo à doação em todos os ambientes de cuidados à mulher e a criança.