CONFIABILIDADE DE ESCALAS DE AVALIAÇÃO DA DOR NO PACIENTE COM CÂNCER

LOUANY CARNEIRO DA ROCHA

Co-autores: LOUANY CARNEIRO ROCHA, LÍVIA PINHEIRO MESQUITA, ANA CLÁUDIA DE SOUZA LEITE e MARIA LÍGIA SILVA NUNES CAVALCANTE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Objetivo: Analisar a confiabilidade entre as escalas EVA e ETXD em pacientes com câncer em tratamento para a dor em unidade de referência do estado do Ceará. Método: Pesquisa de natureza quantitativa sobre a confiabilidade das escalas de dor em pessoas com câncer. Trata-se de um recorte do Projeto "Cuidado clínico de Enfermagem a pacientes com dor oncológica em uma unidade de referência do estado do Ceará". O estudo foi constituído de uma amostra de 72 pacientes em tratamento da dor oncológica, que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, sendo os critérios de inclusão: pacientes com diagnóstico comprovado de neoplasia, histórico de dor, maiores de 18 anos e que estejam em acompanhamento pelo serviço de terapia da dor, sendo excluídos pacientes com diagnóstico médico registrado em prontuário de doenças ou transtornos mentais, cognitivos e/ou psiquiátricos graves. O projeto tem comitê de Ética e Pesquisa aprovado com número do comitê de ética: 677.393. Resultados: O perfil dos pacientes com dor oncológica do estudo se caracterizou por indivíduos do sexo feminino (58,3%), média de idade de 60 anos (± 13,65), casados/união estável (56,9%) e com ensino fundamental incompleto (45,8%). Notou-se que segundo as intensidades de dor, na Escala EVA 47,2% dos pacientes sentem dor grave (6-9) e que na Escala ETxD 63,8% dos pacientes também sentem dor grave (6-9). Considerando isso, a grande maioria dos pacientes que sentem dor oncológica dentro do estudo sentem dor de intensidade grave dentro do intervalo de dor com nota 6 a nota 9, nas duas escalas (EVA e ETxD). Segundo o coeficiente alfa de Cronbach as intensidades da dor principal das escalas (EVA e ETxD) se relacionam com 0,940 de consistência, entendendo que quanto mais próximo de +1,00 maior a fidelidade de confiança das escalas. Conclusão: Conclui-se que há muitas evidências do impacto da dor nos pacientes com neoplasias, porém, ela ainda é subnotificada e muitas vezes não é tratada da forma correta. Segundo a correlação das escalas EVA e ETxD para intensidade da dor principal encontramos que essas tem confiabilidade positiva. Pois sua consistência de 0,940 (segundo coeficiente alfa de Cronbach) se aproxima de +1,00 e assim, as escalas tem relação fidedigna, e se correlacionam com 98% de confiança.

Palavras-chave: DOR; CÂNCER; ECALAS DE AVALIAÇÃO.