A INTERVENÇÃO EDUCATIVA COMO DISPOSITIVO DE PREVENÇÃO DO HIV ENTRE JOVENS

KAROLINE PONTES CAVALCANTE MANGUINHO

Co-autores: , PATRÍCIA DE ALENCAR DUTRA, PRISCILA DE VASCONCELOS MONTEIRO e MARIA LÚCIA DUARTE PEREIRA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Os jovens apresentam comportamentos que os deixam vulneráveis ao HIV/aids e outras DST como o maior número de parceiros sexuais e o uso inconsistente de preservativos. Órgãos internacionais de combate à aids têm preconizado a realização de ações que visem a melhora do conhecimento dos jovens sobre o HIV e a aids, de forma que eles estejam aptos a se protegerem do vírus. Objetivou-se promover a elaboração de uma intervenção educativa que contribua para a prevenção do HIV junto ao público jovem, com a promoção de mudanças nas representações sociais, nos conhecimentos e nas condutas do grupo em relação à aids. O estudo de intervenção do tipo antes e depois, realizado em uma escola pública estadual do município de Fortaleza, com jovens entre 13 e 22 anos de idade, das turmas da manhã e da tarde do oitavo ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. 84 alunos participaram de intervenções educativas para prevenção de DST/HIV e responderam questionários antes e depois das intervenções. Os questionários continham perguntas sobre conhecimentos diante das DST/HIV/aids. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas com auxílio do programa informático SPSS 16.0 e do quadro de quatro casas fornecido pelo programa EVOC 2000. Os resultados apontaram os conhecimentos dos participantes sobre forma de transmissão, prevenção e cura das principais IST. Observou-se incremento de 16,9% no número de participantes que concordaram que não podiam ser infectados com o vírus HIV pela picada de mosquito no pós-teste. Chamou atenção o fato de 19% dos participantes terem afirmado que a Hepatite B poderia ser transmitida por picada de mosquito. Entretanto, no pós-teste, o percentual de respostas incorretas foi reduzido para 11,9%. Para a IST gonorréia, os alunos que acreditavam que essa doença não podia ser transmitida a partir do uso de banheiros públicos foram de 65,5% no pré-teste para 75% no pós-teste. A partir desses resultados, foi possível perceber a importância de intervenções sobre formas de prevenção, transmissão, tratamento, sinais e sintomas e cura das principais IST. O profissional de enfermagem deve atuar na educação em saúde, proporcionando conhecimento científico de qualidade, de forma a contribuir para a formação de jovens mais críticos a respeito das próprias atitudes e práticas sexuais.