CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE IDOSO HOSPITALIZADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cinara Sales Rabelo¹
Sara de Sousa Rodrigues¹
Marinara Higino Gomes de Sousa1
Diane Sousa Sales2
Elisabeth Soares Pereira da Silva3
Ana Virgínia de Melo Fialho4
1.Discente de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará/Fortaleza.
2.Professora Substituta da Universidade Estadual do Ceará/Fortaleza
3.Bolsista Capes do Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará/Fortaleza
4.Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará
cinara.sales-rabelo@hotmail.com
EIXO II: SABERES E PRÁTICAS DA ENFERMAGEM EM DIFERENTES CONTEXTOS LOCAIS, NACIONAIS E INTERNACIONAIS.
Introdução
O envelhecimento no mundo contemporâneo pode ser compreendido como um processo natural, inerente e contínuo, que começa logo após o nascimento. Este processo é influenciado pelo ambiente físico, político e cultural no qual ele está inserido. Segundo Banja (2011) o idoso em seu processo de envelhecimento experiência inúmero modificações como limitações físicas, alterações mentais e psicossociais que podem influenciar o seu convívio familiar e social. Interferindo assim na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio social em que vive, deixando-o mais vulnerável aos agravos e doenças, e comprometendo sua qualidade de vida. Durante as últimas décadas, ocorreram mudanças constantes, como, o aumento significativo da população com mais de 60 anos de idade. O aparecimento de determinadas doenças na última etapa da vida podem gerar um processo incapacitante dos idosos, dificultando ou impedindo o desempenho de suas atividades cotidianas de forma independente. No caso da população idosa, esta apresenta demandas em relação aos demais grupos etários e precisa dos serviços de saúde com mais frequência por um período longo de tempo. Segundo DIAS (2014) os profissionais de enfermagem devem estar aptos a desenvolver atitudes efetivas e de impacto na atenção à saúde desse grupo populacional. O cuidado em enfermagem requer um direcionamento específico para essa clientela. Para tanto, o profissional deve compreender as questões do processo de envelhecimento, facilitar o acesso do idoso aos diversos níveis de atenção, estar qualificado e estabelecer uma relação respeitosa com ele.Com isso será possível estabelecer um método de cuidado que permeia as mudanças próprias do envelhecimento. Para tanto, o cuidado em enfermagem deve ser proporcionado de forma humana com base em uma abordagem integral, valorizando assim, a individualidade de cada paciente e uma assistência de qualidade e sempre prevalecendo uma relação empática. Assim, o objetivo desse estudo é relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem na disciplina de Semiologia e Semiotécnica no atendimento a um idoso hospitalizado.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência da assistência a um idoso em três fases do Processo de Enfermagem, Investigação, Diagnóstico de Enfermagem e Planejamento, realizado por acadêmicas de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará em um hospital terciário localizado em Fortaleza-CE. Na investigação, para o preenchimento do histórico, foi realizado anamnese e exame físico, assim como a leitura do prontuário do paciente a fim de obter informações para a segunda fase. Para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem foram utilizadas as Taxonomias da NANDA-I. No planejamento, para a seleção de resultados esperados e intervenções de enfermagem, foi utilizado, respectivamente, as taxonomias NOC e NIC.
Resultados e Discussão
A experiência vivenciada pelas as acadêmicas do 4º semestre de Enfermagem da UECE foi de suma importância para o aprendizado e relação do teórico-prático, contribuindo bastante para uma melhor qualidade e competência no cuidado. Durante o período de estágio desenvolvemos maneiras básicas de atenção e cuidado ao paciente idoso hospitalizado, utilizando o diálogo, para não ser restrita apenas as informações do instrumento de anamnese e, assim, sistematizar a assistência com informações essenciais. Levando em consideração que o idoso no processo de adoecimento fica bastante vulnerável devido aos diversos aspectos relacionados (físico, mental, cultural, espiritual, econômico),muita das vezes esses fatores contribuem de maneira negativa para uma melhoria no tratamento e no quadro do paciente. Após uma anamnese e exame físico, as informações ficaram claras e escolha dos diagnósticos de enfermagem baseando-se na NANDA-I foi essencial para estimular um raciocínio seqüenciado e critico, pois no curto período de estágio necessitávamos planejar as intervenções possíveis de acordo com o contexto hospitalar e as condições físicas do paciente, e os resultados esperados. O vinculo desenvolvido permitiu que os procedimentos fossem de forma mais humanizada, com menos timidez no banho do leito, que durante os curativos estimulava-se a expressão de presença ou não de dor.As acadêmicas em campo de estágio puderam desenvolver e prestar melhores cuidados atentando-se as limitações do mesmo, promovendo autonomia na capacidade de melhoria no tratamento e qualidade de vida. E destaca-se a importância do papel da professora auxiliou, incentivou, ensinou e orientou as acadêmicas a prestar um cuidado humanizado bastante diferenciado, transmitindo sempre que necessário segurança as mesma, deixando-as serem autônomas para oferecer e prestar um melhor cuidado ao paciente idoso hospitalizado.
Conclusão
Portanto, percebemos o quanto é fundamental o papel do enfermeiro na vida do paciente hospitalizado, e que esse profissional tem bastante necessidade de trabalhar com instrumentos que respaldem sua assistência, dando uma melhor qualidade de vida ao ser no qual está cuidando. No referido estudo o foco principal é que o enfermeiro possa colaborar com o indivíduo, buscando meios para melhorar a situação de saúde do mesmo e evitando possíveis agravos. Foi de grande importância para o processo de cuidar uma assistência humanizada, bem como integrada e universal, centrada para uma melhor recuperação do paciente. Na prática percebemos o quanto a atenção com qual o enfermeiro trata o paciente, bem como o maior esclarecimento sobre sua patologia contribuem de forma positiva para a recuperação do mesmo. Outro aspecto que favorece de maneira bastante positiva contribuindo para uma melhor qualidade de vida do paciente hospitalizado é a interação e a comunicação entre profissional-família-paciente.
Referências
BANJA, P.F.T. Cuidado Ao Paciente Idoso Hospitalizado: Implicações Para a Equipe de Enfermagem. Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", 2011.
BARBOSA, E. M. G. et al. Cuidados de enfermagem a uma puérpera fundamentados na teoria do conforto. Rev Min Enferm, v. 18, n. 4, p. 845-849, 2014.
DIAS, K.C.C.O. et al. O Cuidado Em Enfermagem Direcionado Para A Pessoa Idosa: Revisão Integrativa. Revista de Enfermagem UFPE OnLine, Recife, v.8, n.5, p. 1337-1346, maio., 2014.