PARALISIA CEREBRAL NA INFÂNCIA: IMPLICAÇÕES PARA RELAÇÃO FAMILIAR

ALEIDE BARBOSA VIANA

Co-autores: LETÍCIA DA SILVA CABRAL, ANA ZAIRA DA SILVA, ANTONIA REGYNARA MOREIRA RODRIGUES, ANA RUTH MACÊDO MONTEIRO e MARIA LÚCIA DUARTE PEREIRA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A Paralisia Cerebral (PC) caracteriza-se como um conjunto de distúrbios motores e posturais, que gera limitação funcional às crianças, por seu caráter incapacitante, causando grande impacto na família, podendo desestabilizá-la e exigindo mudanças de ampla extensão na dinâmica família . Visa se analisar a estrutura e composição das relações familiares estabelecidas a partir e através de crianças com PC. O estudo apresenta uma abordagem na perspectiva qualitativa de coleta e análise de dados. Respeitando os critérios de inclusão, 13 acompanhantes foram entrevistados na instituição. A coleta foi realizada nos meses de maio e junho de 2006 em uma associação beneficente do estado do Ceará. A partir da descrição das falas dos participantes, buscou-se a interpretação dos discursos dos parentes responsáveis pelo cuidado, com uma análise através do uso do software Iramuteq© para verificação das relações entre as estruturas lexicais evidenciadas com frequência nos depoimentos  A análise do Iramuteq gerou 06 classes nomeadas por: participação da família; dificuldades do cuidado; cuidado; relação com a doença; o cuidado além do cuidador; sentimentos. Diante das análises, identificou-se que a PC acarreta mudanças no que diz respeito a prioridade, principalmente pelo fato das famílias enfrentarem, diariamente, lutas em prol de uma vida o mais próximo possível do "normal", para suas crianças, tentando protegê-las do preconceito e lhes garantir total acessibilidade no que diz respeito à saúde, à educação e ao convívio social.