Durante a gestação, o organismo feminino passa por diversas alterações que necessitam de maiores esclarecimentos sobre o processo gravídico puerperal. Como profissional atuante no cuidado à saúde, o enfermeiro desenvolve atividades de educação que promovem o empoderamento da gestante, permitindo que ela compreenda as modificações existentes no organismo e como lidar com as mesmas, fornecendo-lhe e permitindo o direito à cidadania (FIGUEIREDO et al, 2010).
As orientações fornecidas durante o pré-natal são de suma importância, pois preparam a mulher para o período gestacional, o trabalho de parto e os cuidados com si mesma e com o neonato. Durante o trabalho de parto e seu desfecho, a presença dessas orientações se tornam relevantes, visto que deixam a mulher segura e confiante durante esse processo, promovendo a autoridade sobre o seu trabalho de parto.
O objetivo deste estudo é relatar a experiência vivenciada pelas autoras durante a realização de uma atividade educativa sobre trabalho de parto para gestantes de uma unidade básica de saúde da cidade de Fortaleza, Ceará.
Trata-se um relato de experiência de uma atividade educativa realizada durante uma manhã com um grupo de 4 gestantes que compareceram a unidade para a consulta de pré natal. Ao chegarem na unidade as gestantes foram convidadas a participar da atividade em uma sala reservada.
Durante a realização da atividade percebeu-se uma boa interação entre as gestantes e as internas, visto que o estabelecimento do vínculo já estava solidificado pelas consultas de pré-natal realizadas anteriormente.
Notamos que as dúvidas em relação ao trabalho de parto foram mais frequentes em uma primípara, as demais eram multíparas, essa interação das gestantes foi de extrema importância para a troca de experiências entre elas.
Ao realizarmos essa atividade percebemos o quanto esta ação é importante para o processo de empoderamento da gestante, tornando-as sujeito do seu processo de trabalho de parto rebatendo assim a posição passiva, muitas vezes assumida devido a sentimentos de medo, insegurança e falta de conhecimento dos seus direitos.