Introdução: Introdução: A segurança do paciente é um assunto que vem sendo cada vez mais abordado. Com a inserção de novas tecnologias e da complexidade dos procedimentos realizados as chances de ocorrer um evento adverso está maior. A Unidade de Terapia Intensiva, por exemplo, é apontada como um ambiente de alto risco para incidentes relacionados a medicação, quer seja pela instabilidade das condições clinicas dos pacientes ou pela variabilidade de situações e pressão temporal que estão submetidos os profissionais da saúde. (CAMIRE; MOYEN; STELFOX, 2009). Diante disso, foi aplicado um questionário, o Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) traduzido e validado para o Brasil, no intuito de avaliar a cultura de segurança do paciente a partir da percepção dos profissionais e do número de eventos notificados em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital terciário de Fortaleza-Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. Para avaliação do grau de segurança do paciente e o número de eventos notificados pelos profissionais da saúde, foi utilizado o HSOPSC. A amostra foi composta por 80 profissionais da equipe de saúde atuantes na UTI de um hospital terciário do estado do Ceará. Os dados foram coletados durante os meses de julho a dezembro de 2015, utilizando como critério de inclusão os profissionais que trabalhavam há mais de um mês e 20 horas semanais na unidade. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital com o número de parecer 97.747. Resultados e Discussão: Participaram do estudo 80 profissionais da equipe de saúde. Destes, 53,3% fazem parte da equipe de enfermagem. Os resultados mostram o Grau de segurança do paciente de acordo com os profissionais investigados, número de eventos de segurança notificados nos últimos 12 meses e Frequência de eventos relatados. Quanto ao grau de segurança do paciente, 50% dos profissionais avaliaram como excelente e muito boa.Quanto ao número de eventos relatados e o número de relatórios de eventos adversos preenchidos, observou-se que 67,5% não relatou nenhum evento adverso e 17% apresentou 1 a 2 relatórios nos últimos 12 meses.Sem a notificação dos eventos, não há como as instituições estudarem os motivos que levaram ao erro, e assim propor ações para impedi-los.Quanto a Frequência de eventos relatados descrito no item "Quando ocorre erro, engano ou falha que poderia causar danos ao paciente, mas não causa, com que frequência ele é relatado" 71% dos profissionais relataram que "as vezes", "quase sempre" e "sempre" esses eventos são relatados. Esse resultado se contrapõe aos resultados referentes ao número de relatórios apresentados, mostrando que os profissionais estão mais propensos a relatarem incidentes que não chegaram a causar dano, no entanto, os gerentes deve estimular o relato de todos os incidentes e eventos, para que sejam mitigados e evitados posteriormente. Conclusão: Os participantes da pesquisa avaliaram por meio da Percepção do grau de segurança que a unidade possui sistemas e procedimentos que podem evitar a ocorrência de erros. No entanto, percebe-se que os profissionais precisam de maior estimulo para relatarem todos os incidentes e eventos ocorridos na unidade.