Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aleitamento materno se configura em estratégia ímpar para a promoção da saúde e qualidade de vida do lactente, com vantagens também para a mãe e demais sujeitos envolvidos com essa prática. Neste contexto, considerando a importância desta prática, a influência dos profissionais de saúde sobretudo da enfermagem em sua prevalência, e também a necessidade de discussão acerca desse tema na graduação, foram realizadas oficinas lúdicas acerca desta temática com estudantes do curso de enfermagem, visando formar multiplicadores para a promoção do aleitamento materno.A saber das oficinas, estas são caracterizadas como estratégia facilitadora do diálogo, da conversação, socialização de ideias, liberdade de expressão,fatores esses de grande importância para tomada de decisão sobre a vida cotidiana em todas as necessidades, nuances e sutilezas. A metodologia em referência ancora-se no ser humano por sua potencial riqueza para provocar as próprias mudanças em torno de vida. A par disso, o bom humor é resultado na experiência, considerando sua função social, fato desvelado pela relevante expressão de prazer e pelo clima criado no ambiente de aprendizagem,propício a reflexões mais sedutoras (ARAÚJO, 2000). O presente trabalho tem como objetivo descrever uma atividade educativa sobre o aleitamento materno, realizado com estudantes de enfermagem através de oficinas lúdicas. Trata-se de um relato de experiência, descrevendo uma atividade de educação em saúde, realizada com acadêmicos do curso de enfermagem sobre aleitamento materno. As oficinas ocorreram durante três encontros do grupo de pesquisa e extensão promoção da saúde sexual e reprodutiva do Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA), durante o mês de maio de 2013, foram aplicados diversos jogos em forma de oficina lúdica, abordando assuntos referentes ao aleitamento materno. A princípio, foram escolhidas quatro participantes do grupo para serem monitoras das oficinas, posteriormente, abrimos inscrições limitadas para o público. No primeiro encontro realizamos um jogo sobre mitos e verdades do aleitamento materno, o qual se configura da seguinte forma: Trata-se de um jogo de tabuleiro sobre mitos e verdades sobre o aleitamento materno, recomenda-se que seja jogado por duas pessoas. Em uma tela aparecem perguntas, o jogador responde, se responder corretamente, avança uma casa, se errar dá a vez ao outro jogador, seguindo a lógica do jogo até termos um vencedor. No segundo encontro o grupo foi dividido em quatro subgrupos com as seguintes temáticas: Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), sala de apoio à amamentação, empresa cidadã e método canguru. Cada subgrupo teria que apresentar sua temática, a partir de uma dramatização. No último encontro, desenvolvemos uma brincadeira da seguinte forma: nas costas de cada participante, colamos uma placa que descrevia uma vantagem do aleitamento materno, no embalar da música cada participante escolhia um par para dançar, e conforme a música continuava, os participantes trocavam de par, o objetivo da brincadeira era que cada participante memorizasse o máximo de vantagens possíveis olhando nas costas dos outros participantes e apresentassem ao grupo o máximo de vantagens possíveis. Por ser uma temática de grande relevância, muitos se inscreveram e pelas metodologias utilizadas, os alunos demonstraram receptividade com o conteúdo apreendido. A partir destas oficinas, revelamos que esta temática ainda precisa ser melhor discutida na graduação, pois dentre os profissionais envolvidos na promoção do aleitamento materno, o enfermeiro merece destaque, por ser o mais presente durante os períodos gestacional e puerperal. O método da oficina foi primordial para o aprendizado dos participantes, ao passo que ao estimular as brincadeiras, o processo de aprendizagem foi facilitado. Pelo exposto, percebemos que possíveis intervenções para capacitação nessa temática devem ser realizadas não só com os profissionais, mas desde a graduação e, nesse sentido, a educação permanente em saúde tem importante função. Bem como, sugere-se também a realização de ações de desenvolvimento profissional em aleitamento materno constantes, contextualizadas e integrais, visando promover a qualidade dessa prática, que é essencial para a saúde da mãe e do bebê. A atividade realizada contribuiu para conhecermos o nível de conhecimento dos universitários sobre a saúde sexual e reprodutiva, além de proporcionar um ambiente e metodologia agradáveis para o aprendizado.REFERÊNCIAS: ARAÚJO, M. F. M; ALMEIDA, M. I. de. Oficinas Educativas: Uma Abordagem Metodológica no Trabalho com Mulheres. In: SALES, C. de M. V; AMARAL, C.C. do A; ESMERALDO, G. G. S. L. Feminismo, Memória e História.NEGIF/UFC. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2000.
WHO, World Health Organization (WHO). Global strategy on infant and young child feeding. Geneva: WHO; 2009.