INTRODUÇÃO: A doença diarreica aguda constitui-se no melhor exemplo de agravo em que o conhecimento e a atitude das mães em relação ao adequado manejo da doença influenciam efetivamente na redução de suas complicações (VANDERLEI; SILVA, 2004). Uma forma de estar avaliando a autoeficácia materna é aplicar a Escala de Autoeficácia Materna para a Prevenção da Diarreia Infantil (EADPI), pois permitirá aos profissionais de saúde conhecerem o domínio em que as mães têm menor eficácia, o que contribui para implementar estratégias que previnam os fatores de riscos, aumentando a autoeficácia materna na prevenção da diarreia (JOVENTINO, 2010). OBJETIVOS: Investigar a associação das médias dos escores da EAPDI obtidas pelas mães com os fatores relacionados ao cuidado prestado à criança. METODOLOGIA: Estudo transversal de delineamento descritivo e analítico, realizado em um dos Centros de Saúde da Família da Regional V com 180 mães de crianças menores de 5 anos, no mês de abril de 2013. Foi realizada uma entrevista com as mães, utilizando a Escala de Autoeficácia Materna para Prevenção da Diarreia Infantil e um formulário com abordagens sociodemográficas. Os dados foram organizados e analisados através do programa SPSS (versão 18.0). Para análise comparativa foram utilizados os teste quiquadrado e de máximoverossimilhança, estabelecendo-se nível de significância inferior a 0,05. Ressalta-se que os aspectos éticos referentes à Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde foram obedecidos, sob o Protocolo nº 106/12. RESULTADOS: Verificou-se que a maioria das crianças foram amamentadas exclusivamente no período de dois a quatro meses de vida (N= 40; 22,2%). A autoeficácia materna não demonstrou associação estatisticamente significante com o tempo de amamentação. Contudo, sabe-se que a amamentação exclusiva é a intervenção mais eficaz para proteger contra esse agravo (LUNA, et al., 2011). Evidenciou-se que 74% das crianças já apresentaram essa infecção (N= 134); não tendo sido internadas (N=137; 76,1%), mas, buscado o serviço de saúde por essa queixa (N=74; 41,1%). Portanto, a busca pelo serviço de saúde teve uma associação significante para prevenção da diarreia (p= 0,045). Para o tratamento, verificou-se, que 48,9% das crianças receberam o Soro de Reidratação Oral; 51,7% não foram assistidas com receita caseira; 46,2% (N=83) não tomaram nenhum tipo de remédio e 37,7% (N= 68) não tiveram mudança na alimentação. Logo, o percentual de mães que não suspendiam a alimentação foi considerável. Quanto à imunização contra o rotavírus, 161 (89,4%) crianças receberam a vacina e apenas 19 (11%) não haviam tomado. Essa variável não teve uma associação significante (p= 0,757). O uso de mamadeiras apresentou uma associação considerável com a autoeficácia materna (p= 0,058). Logo, o simples fato de se utilizar mamadeiras já se constitui em fator de risco. CONCLUSÃO: Conclui-se que a Escala de Autoeficácia Materna para Prevenção da Diarreia Infantil possibilita identificar o nível de autoeficácia materna, contribuindo para promoção e proteção da saúde da criança através das intervenções de enfermagem. REFERÊNCIAS: VANDERLEI, L.C.M.; SILVA, G.A.P.; Diarreia aguda: o conhecimento materno sobre a doença reduz o número de hospitalizações nos menores de dois anos. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 50, n. 3, p. 276-281, 2004. JOVENTINO, E.S. Desenvolvimento de escala para mensurar a autoeficácia materna na prevenção da diarreia infantil. 2010. Dissertação (mestrado). Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2010. PEREIRA, I. V., CABRAL, I. E. Diarreia aguda em crianças menores de um ano: subsídios para o delineamento do cuidar. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 224-229, 2008.