A TRAJETÓRIA DE PARTURIENTES: O CAMINHO DA GESTANTE À MATERNIDADE

ERYJOSY MARCULINO GUERREIRO BARBOSA

Co-autores: ERYJOSY MARCULINO GUERREIRO BARBOSA, LAURA PINTO TORRES DE MELO, HILANA DAYANA DODOU, ALBERTINA ANTONIELLY SYDNEY DE SOUSA e DAFNE PAIVA RODRIGUES
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO

Estudos sobre as situações de acesso das gestantes a assistência pré-natal e ao parto de baixo risco revelam que a peregrinação anteparto nas maternidades pode estar ocorrendo devido ao reduzido número de leitos existentes para a realização de partos de baixo risco. Outro ponto identificado é que esta peregrinação também pode estar ocorrendo devido a uma lacuna existente no sistema de referência e contra referência entre as unidades básicas e as terciárias, uma vez que ele deveria funcionar próximo do preconizado pelo Programa de Humanização de Pré-Natal e Nascimento (ALBUQUERQUE et al, 2011).

 

OBJETIVO

Este trabalho teve como objetivo descrever as representações de puérperas sobre a trajetória para a maternidade durante o trabalho de parto e parto.

 

METODOLOGIA

Estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, desenvolvido em uma maternidade pública de atenção secundaria localizada na cidade de Fortaleza, Ceará. Os sujeitos da pesquisa foram puérperas que estavam internadas nas enfermarias de alojamento conjunto da instituição que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter idade maior ou igual a 14 anos; e ter tido seu filho de parto normal no local da pesquisa. Foram escolhidas 21 puérperas para a entrevista semiestruturada por critério intencional. Os dados obtidos através dos depoimentos das participantes foram organizados a partir do método de análise lexical pelo programa ALCESTE. A entrada na instituição do estudo foi efetivada após parecer de aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, com Número do Parecer: 310.298 e CAAE: 12536113.1.0000.5534. A coleta de dados ocorreu entre os meses de julho e setembro de 2013.

 

RESULTADOS

Serão apresentados aqui os dados provenientes da Classe 04: O caminho da gestante à maternidade. Esta classe é formada por 20 UCE e 40 palavras analisáveis. É a classe de menor significância estatística em termos de agregação de UCE, perfazendo 7,0% do total. Os vocábulos ilustrativos dessa classe são: noite, manhã, feira, esperando, comecei, casa, sentir, dor, apertaram, dilatado e contrações. Estas palavras estão relacionadas com o tempo como noite, manhã e dias da semana (como quarta-feira, quinta-feira) e o início do trabalho de parto na qual as mulheres retornavam para sua residência para esperar o aumento das contrações uterinas e quando as dores apertavam, elas retornavam ao hospital para serem reavaliadas e depois serem admitidas na sala de parto.

 

CONCLUSÃO

Para ter acesso à maternidade, as gestantes muitas vezes eram prejudicadas pela falta de um meio de transporte e, principalmente, pela falta de vaga nos hospitais. Dessa forma, a mulher fica peregrinando juntamente com seus familiares à procura de uma maternidade em que possa ser internada. Esses fatores não pertencem aos princípios da Política de Humanização, o que contribui para os indicadores de mortalidade materna.

 

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, V. N.; OLIVEIRA, Q. M.; RAFAEL, R. M. R.; TEIXEIRA, R. F. C. Um olhar sobre a peregrinação anteparto: reflexões sobre o acesso ao pré-natal e ao parto. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, v. 3, n. 2, p. 1935-1946, 2011.