Introdução
A Educação Popular em Saúde (EPS), como diretriz teórica e metodológica da política de Educação em Saúde do Ministério da Saúde, é considerada um saber importante para a construção da participação social na medida em que vem contribuindo para uma democratização mais radical das políticas públicas (NERY et al., 2012). A realização de educação sexual no ambiente escolar articula-se com a promoção da saúde, pois viabiliza a realização de ações preventivas das Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS, reflexão sobre a gravidez precoce, a discussão sobre a própria sexualidade, ampliando a percepção do adolescente sobre o autocuidado e o autoconhecimento (PEREIRA, 2007).
Objetivo
Promover no ambiente escolar um processo educativo, por meio da educação em saúde, desenvolvendo cuidados essenciais relacionados à saúde reprodutiva e sexual do adolescente.
Metodologia
O projeto foi realizado por alunos do VI semestre do curso de enfermagem da Universidade Regional do Cariri (Unidade Descentralizada de Iguatu), dentro da disciplina de Educação em Saúde. O local escolhido foi a Escola de Ensino Fundamental Francisco das Graças Alves Berto - CAIC, e o público alvo foram estudantes do Ensino Fundamental II, turma 8º ano "C". A amostra compreendeu a faixa-etária de 12-13 anos de idade, totalizando vinte e sete estudantes. O projeto foi realizado nos dias 03, e 06 (diurno) de Fevereiro de 2014. Teve como tipo de avaliação, o método qualitativo, que envolve ações de interação, participação e conhecimento durante as atividades, tendo como objetivo, promover no ambiente escolar o desenvolvimento da educação em saúde, baseada na saúde reprodutiva e sexual do adolescente.
Resultados
Durante os encontros observou-se que os assuntos sexualidade e educação reprodutiva e sexual, são capazes de despertar o discernimento e posicionamento dos adolescentes, com a iniciativa de dialogar sobre o tema, a princípio os mesmos apresentaram-se retraídos e um pouco dispersos, sendo normal para o primeiro contato, ao decorrer dos encontros a participação e interação estiveram mais acentuadas. Logo, dinâmicas de grupo foram realizadas e tinham a intenção de integrar a turma ao contexto estudado, para uma maior interação entre os acadêmicos e os estudantes.
Resolveu-se utilizar metodologias interativas e diferentes de palestras, preferindo rodas de conversa, fornecendo subsídios para discussões, para verificar os conhecimentos previamente existentes sobre a temática, sendo as dúvidas mais frequentes fossem levantadas e as respostas pudessem ser construídas de forma educativa e de fácil compreensão, a fim de serem colocadas em prática no cotidiano destes adolescentes.
Conclusão
A adolescência além de ser uma fase de descobertas e conflitos pessoais e sociais, concretiza-se também como aprendizado de novas experiências que vão influenciar na maneira pela qual o jovem irá fazer suas escolhas e trilhar o seu futuro, daí a importância do acesso a orientações seguras. O enfermeiro enquanto profissional de saúde tem o dever de se fazer presente durante todo esse processo, dando apoio necessário para um total desenvolvimento físico e mental.
Referências
NERY, V. A. S; NERY, I. G; NERY, W. G. C&D - Revista Eletrônica da Fainor, Vitória da Conquista, v.5, n.1, p. 114-129, jan./dez. 2012.
PEREIRA, K. C. Sexualidade na adolescência: trabalhando a pesquisa-ação com referenciais teórico-metodológicos de Paulo Freire. Dissertação (Mestrado) Ribeirão Preto, Universidade São Paulo, 2007.