SUPERVISÃO COMO INSTRUMENTO GERENCIAL DA ATENÇÃO BÁSICA: DISCURSO DOS ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

MARCELO COSTA FERNANDES

Co-autores: LUCILANE MARIA SALES DA SILVA, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA, MARIA ROCINEIDE FERREIRA DA SILVA e SARAH DE SÁ LEITE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO

A supervisão está inserida no contexto do trabalho do enfermeiro como instrumento gerencial, que visa à qualidade dos serviços de saúde ofertados aos usuários, além de pontuar questões que incluem o aperfeiçoamento dos profissionais da saúde, avaliação do desempenho e dinâmica organizacional.

OBJETIVO

Analisar a supervisão como instrumento gerencial da Atenção Básica, a partir do discurso dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF).

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com 32 enfermeiros da ESF do município de Maracanaú-CE. Foi utilizada a entrevista semiestruturada como a técnica de coleta de dados. Para proceder à ordenação e organização dos dados empíricos, produzidos nas entrevistas semiestruturadas junto aos enfermeiros selecionados para esta investigação, recorreu-se ao processo metodológico do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A pesquisa teve início após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará-UECE sob o parecer nº 26907.

RESULTADOS

A partir do DSC, percebe-se que as ações gerenciais realizadas pelos enfermeiros na ESF estão direcionadas principalmente as atividades de supervisão, tanto da unidade de saúde quanto dos trabalhadores desse serviço. Conforme a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, é atividade privativa do enfermeiro o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência da enfermagem. Entende-se que esse conjunto de ações estão inseridas na realização das atividades de supervisão. Desta forma, a supervisão é uma atividade inerente ao enfermeiro e que pode exercê-la com respaldo legal. Porém, conforme o DSC dos enfermeiros, no processo de trabalho da Atenção Básica, as atividades de supervisão não são restritas ao serviço e a equipe de enfermagem, mas a toda a estrutura e dinâmica de funcionamento da unidade de saúde, contemplando diversas áreas de atuação, incluindo recursos materiais, pessoas e organizacionais.

CONCLUSÃO

Percebe-se, portanto, que a supervisão é um instrumento gerencial com potencial para impactar positivamente a qualidade da assistência. Logo, essa atividade deve ser realizada pelo enfermeiro como estratégia para a democratização das ações em saúde, almejando uma assistência integral, equânime e resolutiva.

REFERÊNCIAS

CORREIA, V. S.; SERVO, M. L. S. Supervisão da enfermeira em Unidades Básicas de Saúde. Rev. bras. enferm.,  Brasília,  v. 59,  n. 4, p. 527-31, ago. 2006.

LEFÈVRE, F.; LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: Educs, 2005

LIBERALI, J.; DALL'AGNOL, C. M. Supervisão de enfermagem: um instrumento de gestão. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v. 29, n. 2, p. 276-82, jun. 2008.