CUIDADO DE ENFERMAGEM NA AMAMENTAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO: PERCEPÇÃOES DE PUÉRPERAS NO MÉTODO CANGURU

MARIA CRISTIANE DA SILVA

Co-autores: MARIA CRISTIANE DA SILVA, AMANDA AMORIM DIAS, FRANCISCA SAMARA SOUSA ALVES , JULIANA VIEIRA FIGUEIREDO e ANA VIRGÍNIA DE MELO FIALHO
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO

Crianças que tem nascimento prematuro são mais vulneráveis. Segundo Scochi et al. (2008), o recém-nascido prematuro (RNPT) e de baixo peso apresenta um maior risco para distúrbios do crescimento e desenvolvimento. Nesta perspectiva, o aleitamento materno é de suma importância para o desenvolvimento destes, pois o leite materno contém todos os nutrientes necessários para a nutrição do RNPT, que irão favorecer o crescimento e o desenvolvimento infantil. Assim, para assistir ao RNPT e de baixo peso, o Ministério da Saúde instituiu o Método Canguru (MC) com o objetivo de melhorar os cuidados oferecidos a esta população, diminuir os custos da assistência perinatal e gerar, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu filho, um maior laço afetivo, uma maior estabilidade térmica e um melhor desenvolvimento (BRASIL, 2011). Normalmente, os RNPT recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar no MC, destacando-se a importância do profissional de enfermagem no acompanhamento dessa população e na promoção do aleitamento materno.

OBJETIVO

Conhecer as percepções de puerpéras acerca do cuidado de enfermagem para a promoção da amamentação ao recém-nascido prematuro no método canguru.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com 19 puérperas. O cenário de estudo foi a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) localizada na zuna sul do município de Teresina, PI, especificamente nas enfermarias de alojamento conjunto especial onde ficam mães e recém-nascidos (RN) prematuros e de baixo peso, enfermarias do Método Canguru (Etapa II).  A coleta de dados foi iniciada após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Paulista (UNIP) CAAE nº 19409813.8.0000.5512, bem como da Comissão de Ética da referida maternidade, em cumprimento com a resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde. O instrumento de coleta foi um roteiro de entrevista semi-estruturado. Para análise das informações, foram seguidas as etapas recomendadas pela técnica de análise temática de conteúdo de Minayo (2007).

RESULTADOS

A maioria das puérperas expressou satisfação ao descreverem os cuidados recebidos e as dúvidas esclarecidas por parte dos enfermeiros, destacando a importância da presença desse profissional nas enfermarias canguru. Apesar da maioria das puérperas estarem satisfeitas com o cuidado recebido pela equipe e usarem o Método Canguru, uma delas informou não fazer uso da posição canguru, mais não por falta de orientação e sim por achar a posição incômoda. Em relação ao cuidado do enfermeiro, quinze puérperas destacaram o enfermeiro como o ser que explica, esclarece a importância do método e tira dúvidas em relação à amamentação do RNPT, sendo um orientador e cuidador em diversas situações, a saber: oferecem orientações sobre a posição para amamentar, sobre os benefícios da amamentação para a criança, além de apoio às puérperas.

CONCLUSÃO

Percebeu-se que de modo geral, as puérperas estão satisfeitas com o cuidado prestado pelo enfermeiro no incentivo à amamentação. Esse vínculo entre profissionais da enfermagem e puérperas promoveu uma maior eficácia do método. A assistência de enfermagem esta sendo vista de forma positiva, porém o profissional da enfermagem deve não somente cuidar e orientar, mas também elaborar estratégias específicas para as necessidades individuais de cada binômio, de modo a promover o estabelecimento precoce da amamentação.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Atenção Humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru. 2.ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011.

MINAYO, M.C.S. (org). O Desafio do Conhecimento. Pesquisa Qualitativa em Saúde. 10ª ed., São Paulo, 2007, 406p.

SCOCHI, C.G.S. et al. Alimentação Láctea e prevalência do aleitamento materno em prematuros durante internação em um hospital amigo da criança de Ribeirão Preto-SP, BRASIL. Cienc. Cuid. Saúde Local v.7, n.2, p-145-154, 2008.