A Política Nacional de Atendimento às Urgências propõe o cuidado integral as urgências e a integração dos serviços e do conceito ampliado de urgência, sendo estruturada em cinco eixos: promoção da qualidade de vida, organização em rede, operação de centrais de regulação, capacitação e educação continuada e humanização a atenção (MACHADO; SALVADOR; O'DWYER, 2011). Nesse contexto, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi o primeiro componente da política a ser implantado, no qual o usuário possui acesso gratuito através do número telefônico 192, onde solicita atendimento às urgências (O'DWYER; MATTOS, 2013). Assim, como esse serviço móvel busca chegar á vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido o incidente, questiona-se qual a qualidade da assistência de enfermagem do atendimento pré-hospitalar móvel? Visto que a enfermagem tem um papel de destaque no Serviço Móvel de Urgência (SAMU) ao atuar na gerência, como na assistência as vítimas decorrentes de incidentes por qualquer natureza. Esse trabalho teve como objetivo analisar a qualidade da assistência de enfermagem no atendimento pré-hospitalar móvel. Tratou-se de uma revisão integrativa com abordagem qualitativa e caráter descritivo, com a amostra de 10 artigos do período de 2008 a 2013, pesquisados nas bases de dados Lilacs e Scielo. Os descritores utilizados foram assistência, enfermagem, atendimento pré-hospitalar. O enfermeiro como supervisor/ gerente deve buscar de resultados que valorizem seu trabalho e da sua equipe, buscando obter uma visão ampla dos recursos materiais e humanos necessários para oferecer uma assistência de qualidade. De acordo com o aumento das demandas no serviço APHM, O' Dwyer e Matos (2013) relatam que a alta exigência de trabalho psíquico produz identificações, alianças, fantasias e estratégias de defesa contra o sofrimento que, se potencializadas pelas desfavoráveis conduções materiais, terão impacto na qualidade do atendimento. No APHM o enfermeiro supervisor necessita estar qualificado. Ademais, segundo Bernardes et.al (2009, p. 80), " o que impossibilita o desenvolvimento de programas de supervisão em enfermagem é a falta de estrutura, falta de recursos humanos e materiais adequados". A Portaria Nº 2048/ GM, de 05 novembro, de 2002, que normatiza a educação contínua, estabelece a criação, organização e implantação de Núcleos de Educação em Urgência (NEU) com objetivo de capacitar esses profissionais resultando em uma qualidade de assistência. Portanto, é necessário a realização de uma educação permanente em saúde entre os profissionais de enfermagem que atuam diretamente com APHM. Destaca-se a importância da inserção de toda equipe de enfermagem com vistas à execução de um trabalho mais articulado, integrado e qualificado. Assim, se faz relevante tal estudo, pois uma assistência de enfermagem sendo prestada de forma qualificada por profissionais capacitados possibilita a diminuição da mortalidade dos acidentados e as seqüelas. Espera-se que esse estudo contribua para a reflexão ampla da prática de enfermagem a essa clientela de forma a investir mais nessa realidade, com intuito de oferecer uma assistência de enfermagem por profissionais treinados e capacitados para realizarem esse atendimento.