PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS CLÍNICAS À CRIANÇA COM DM1: CUIDADO DE ENFERMAGEM
Amanda Newle Sousa Silva
Caroline Magalhães de Alcântara Viviane Peixoto Pennafort Milena Siqueira Apolônio Maria Veraci Oliveira Queiroz
INTRODUÇÃO O diagnóstico do DM1 produz uma ruptura temporal. O sujeito tem que se defrontar com o antes e o depois do diagnóstico para a irreversibilidade da doença para poder perceber as possíveis complicações agudas. O diabetes requer um controle rigoroso dos níveis glicêmicos, insulina diariamente, além de uma adaptação às mudanças, não só do paciente como também de sua família. As alterações psicoemocionais são evidentes com a revolta da criança perante as limitações existentes após o aparecimento da doença, consiste em uma situação estressante para os indivíduos e sua família que vão aprender a conviver a nova realidade imposta, como a aplicação da insulina e rodízio na aplicação, diariamente, mudanças na alimentação, prática da atividade física, cuidado com os pés e com a pele, verificação da glicemia, muitas informações novas e que, muitas vezes, é desconhecida para a adequação e controle da doença, assim prevenindo certas complicações mais evidentes como hipoglicemias e hiperglicemias, lipodistrofias e as neuropatias. OBJETIVO Discutir com a literatura as evidências clínicas encontradas na consulta de enfermagem ao DM1. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs); Bdenf (Base de Dados de Enfermagem) e no repositório Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando os descritores "diabetes tipo 1", "enfermagem" e "autocuidado" . Esta etapa aconteceu no período de agosto a dezembro de 2013. Os critérios de inclusão: artigos publicados em português ou inglês, cuja temática respondesse ao problema de investigação. Foram selecionados 30 artigos. Dos quais emergiram duas categorias temáticas: A conduta clínica de enfermagem no tratamento do DM1 e as Alterações psicoemocionais no enfrentamento da doença. RESULTADOS Na primeira categoria traz a conduta clínica de enfermagem no tratamento do DM1: O entendimento da doença e conscientização para a adesão ao tratamento, um dos primeiros atos é a educação em saúde que no caso da criança é preciso que seus pais, também compreendam e participem dos cuidados que serão preciso após o diagnóstico. Trazendo o caminho a ser seguido, com os passos ao tratamento à criança como traz Almino, Queiroz e Jorge (2009) ressaltam as alterações na vida desses pacientes que passam por restrições alimentares, injeções múltiplas de insulina, necessidade de atividade física regular, e, ainda se detendo a possíveis complicações que devem ter intervenções rápidas como mal-estar, provocado pelos sintomas de hiper/hipoglicemia. A segunda categoria relata as alterações psicoemocionais no enfrentamento da doença: A criança projeta vários sentimentos em detrimento da doença, apresentando desajustes e inadequações dos contatos sociais, em decorrência de se sentirem diferentes. O sentimento do medo da morte e seu desejo de viver, estão diretamente relacionados à doença e a mudanças que a criança enfrenta, trazendo aspectos negativos para ela e para toda a sua família, devido a tantos cuidados exigidos para um bom controle da glicemia. CONCLUSÃO A criança ao descobrir a doença passa por diversas dificuldades, as mudanças vão do contexto dos hábitos alimentares à prática de atividades físicas, além do enfrentamento psicológico perante o novo, desenvolvendo emoções como medo e incertezas, perante algo desconhecido. Destacamos a importância do cuidado clínico de enfermagem no tratamento e suas diversas contribuições que vão auxiliar essa criança, além de ter estratégia para uma maior adequação e adesão ao tratamento. REFERÊNCIAS ALMINO, M. A. F. B.; QUEIROZ, M. V. O.; JORGE, M. S. B. J. Diabetes mellitus na adolescência: experiências e sentimentos dos adolescentes e das mães com a doença. Revista da Escola de Enfermagem., v.43, n.4, 2009. BECKER, T. A. C.; TEIXEIRA, C. R.S.; ZANETTI, M. L. Diagnósticos de enfermagem em pacientes diabéticos em uso de insulina. Rev. bras. enferm. Brasília, v. 61, n. 6, Dezembro. 2008.