VIVÊNCIA DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE FORTALEZA-CE

TERESA CRISTINA DE FREITAS

Co-autores: ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, ANA CARLA CARVALHO DE SOUSA e ERYJOSY MARCULINO GUERREIRO BARBOSA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

VIVÊNCIA DA CONSULTA DE PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE FORTALEZA-CE

INTRODUÇÃO
Nos últimos anos percebe-se grandes mudanças no cenário da saúde, principalmente na área da saúde da mulher, até então, ligadas à gravidez e ao parto. O desenvolvimento de políticas de saúde para a mulher e a descentralização da gestão em saúde para os municípios proporcionou uma melhor cobertura no que se refere ao acesso aos serviços de saúde para as mulheres no ciclo gravídico-puerperal e ao longo de sua vida. A assistência de enfermagem à mulher durante o período gestacional na atenção básica acontece através do acompanhamento pré-natal de baixo risco. O pré-natal realizado pelo enfermeiro e intercalado com a consulta médica permite que seja avaliada e classificada a gestação mediante o risco para mãe e concepto como um fator muito importante para a redução da mortalidade, além de evidenciar outros benefícios à saúde materno-infantil.
OBJETIVO
Descrever as atividades realizadas por acadêmicos de enfermagem durante a consulta de pré-natal de baixo risco em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde.
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de um relato da experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) em Fortaleza-CE. As atividades realizadas na unidade faziam parte do cronograma da disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher e ocorreram em fevereiro de 2014. Os acadêmicos realizaram as consultas de pré-natal supervisionados pela professora da disciplina.
RESULTADOS
Durante as consultas de pré-natal os alunos tiveram a oportunidade de praticar o conteúdo teórico visto em sala de aula, seguindo o roteiro dos Cadernos de Atenção Básica, com vistas a atender a mulher de forma integral, não se atentando apenas para a sua gestação, mas para todos os aspectos biopsicosocioespirituais que possam envolvê-la. A prática foi importante para mostrar a autonomia do enfermeiro durante a consulta de pré-natal de baixo risco, já que ele é um profissional capacitado e preparado para fazer o acompanhamento dessas gestantes. Na consulta era realizado o exame físico, preenchimento do cartão da gestante, solicitação de exames, orientações sobre alimentação, suplementação de ferro e ácido fólico, imunização, amamentação, métodos contraceptivos, prevenção ginecológica, dentre outras. O vínculo entre a Universidade e a UAPS foi muito importante, pois proporcionou a oportunidade de trabalhar com a educação em saúde, o que se torna raro em uma consulta convencional na UAPS por conta da superlotação do serviço. Notou-se, também, uma grande satisfação das gestantes com as atividades dos alunos que dispunham de mais tempo para a consulta. A consulta na UAPS também foi importante para que os alunos pudessem conhecer a rotina e a realidade do sistema, além de visualizar a importância da atividade do enfermeiro nesse serviço.
CONCLUSÃO
Pôde-se perceber que a participação do enfermeiro na equipe vem contribuindo cada vez mais para o fortalecimento do modelo assistencial idealizado pelo SUS, mas, sabe-se que ainda existe um longo caminho com grandes impasses e desafios a se percorrer até que haja uma efetivação definitiva de um modelo de atenção à saúde que contemple as reais necessidades da população.