INTRODUÇÃO
O excesso de peso na população adulta jovem constitui fator crescente e que necessita da atuação da enfermagem para sua minimização, com vistas a melhorar a qualidade de vida desta clientela.
OBJETIVO
Foi objetivo do estudo verificar a associação entre características clínicas/de exposição e excesso de peso em adultos jovens escolares de Maracanaú-Ceará-Brasil.
METODOLOGIA
Tratou-se de estudo caso-controle, realizado com 441 adultos jovens escolares, sendo 147 casos (IMC>25Kg/m²) e 294 controles (18,5<IMC<25Kg/m²). O estudo foi aprovado em comitê de ética sob o Nº11516679-3.
RESULTADOS
Observou-se, com relação ao grupo caso, que 16,3% deles tinham história de excesso de peso na infância e 26,5% na adolescência. Constatou-se que aqueles com história de excesso de peso na infância tinham 1,78 vezes mais chances de ter excesso de peso na idade adulta jovem e os com excesso de peso na adolescência, 7, 81 vezes. Cerca de 18,4% dos casos apresentaram história de excesso de peso paterno e a porcentagem aumentou quando relacionada ao excesso de peso materno, sendo de 34%. As chances foram de 1 para excesso de peso paterno e 1,78 para excesso de peso materno. No grupo caso 13,6% apresentaram níveis pressóricos alterados e evidenciou-se que este fator aumentou 7,56 vezes as chances de excesso de peso na faixa em estudo. Circunferência abdominal alterada esteve presente em 32,7% dos casos e este fator aumentou em 47,3 vezes a chance de excesso de peso no adulto jovem escolar. Relação cintura quadril alterada foi evidenciada em 27,2% dos casos. O Odds calculado foi de 2,86. A exposição ao álcool também aparece como fator de exposição, presente em 70,1% dos casos, aumentando em 1,11% a chance de excesso de peso na faixa em estudo. Curiosamente, exposição ao fumo, dieta não balanceada e sedentarismo surgiram como fatores de proteção para excesso de peso, estando presente em 12,2%, 51,7% e 81%, respectivamente, com valores de Odds 0,79, 0,80 e 0,93. Uso de fármacos obesogênicos foi constatado em 29,3% dos casos, e calculou-se que esse fator aumenta em 1,58 vezes as chances de excesso de peso no grupo etário em tela.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a análise das variáveis preditoras para o excesso de peso em adultos jovens escolares possibilita ao enfermeiro bases para a elaboração e planejamento de práticas educativas que visem à prevenção desta condição clínica.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Marco legal: saúde, um direito de adolescentes. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. A educação que produz saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/redeblh/media/a_educacao_que_produz_saude%5B1%5D.pdf>. Acesso em: 19-abr-2014.