AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL RÁPIDA DA PESSOA IDOSA COM ÊNFASE NO SUPORTE SOCIAL

ALBERTINA AGUIAR BRILHANTE

Co-autores: ALBERTINA AGUIAR BRILHANTE, PATRÍCIA REBOUÇAS ARAÚJO, IRES LOPES CUSTÓDIO, GERÍDICE LORNA ANDRADE DE MORAES e FRANCISCA ELISÂNGELA TEIXEIRA LIMA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

Introdução

A Política Nacional do Idoso, instituída pela Lei 8.842/94 e regulamentada pelo Decreto 1948/96, estabelece direitos sociais, garantia da autonomia, integração dos idosos na sociedade, como instrumento de direito próprio de cidadania. Para tanto, o Ministério da Saúde propôs a Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa (AMRPI), a qual é uma síntese da estrutura da avaliação integral do idoso, constituído por treze domínios de avaliação funcional que poderá ser realizada nas Unidades Básica de Saúde (BRASIL, 2006), dentre os quais tem-se o domínio de avaliação do suporte social do idoso.

Objetivo

Avaliar o suporte social de idosos segundo a Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal e natureza quantitativa que foi desenvolvido em um Centro de Saúde da Família (CSF) localizado em um bairro periférico de Fortaleza-Ceará-Brasil. A amostra foi composta por 122 idosos cadastrados no referido CSF. Estudo realizado a partir da aplicação da AMRPI, o qual identificou, com os(as) idosos(as), as pessoas que poderiam ser capazes de ajudá-lo(a) caso ficassem doentes ou incapacitados(as) e as pessoas que poderiam ser capazes de tomar decisões de saúde pelos mesmos, caso não sejam capazes de fazê-lo. Foi aplicado ainda o APGAR de Família. O estudo foi realizado de acordo com a Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, sob protocolo de nº 295/10.

Resultados

Quanto às características sociodemográficas predominaram: sexo feminino (68%); faixa etária entre 60 e 69 anos (53,3%), baixa escolaridade (70,5%) e baixa renda familiar (89,3%). Quanto à avaliação do suporte social, 88,5% referiram possuir um potencial cuidador, 6,6% referiram não possuir um potencial cuidador e 4,9% não conseguiram identificar alguém que poderia ajudá-los(as) caso fiquem doentes ou incapacitados. Dentre os potenciais cuidadores identificados, foram citados: cônjuges (21,3%), filhos (59,3%), netos (2,8%) e outros parentes/amigos (16,6%). Sobre quem seria capaz de tomar decisões de saúde pelo idoso, caso o mesmo não seja capaz de fazê-lo, identificou-se: cônjuge (20,5%), filhos (56,6%), netos (2,5%) e outros parentes/amigos (10,3%). E, ainda, 9,8% dos idosos não souberam referir uma pessoa capaz de se responsabilizar por tal tarefa, podendo ser indicativo da inexistência de alguém que possa tomar as decisões de saúde do idoso. A partir da aplicação do APGAR de Família constatou-se que 84,4% estavam inseridos em famílias altamente funcionais, 3,3% em famílias moderadamente disfuncionais, 9,0% em famílias severamente disfuncionais, e 3,3% dos formulários dos idosos não estavam preenchidos adequadamente.

Conclusão

A avaliação do suporte social mediante aplicação da AMRPI e do APGAR de família constatou que 88,5% dos idosos possuem um suporte social adequado e a maioria dos idosos possuem famílias altamente funcionais.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 192 p. il. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19) ISBN 85-334-1273-8