AVALIAÇÃO DA INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PICOS-PIAUÍ

ANDRESSA SUELLY SATURNINO DE OLIVEIRA

Co-autores: ANDRESSA SUELLY SATURNINO DE OLIVEIRA, JEFERSON CALIXA DOS SANTOS, DAYZE DJANIRA FURTADO DE GALIZA e ANTÔNIA SYLCA DE JESUS SOUSA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO

A integralidade da assistência remete a um atendimento que compõe um conjunto articulado e contínuo de suas ações e serviços a que buscam atender o individual, família e/ou comunidade de acordo com cada caso em todos os níveis da assistência (BRASIL, 1990). Trabalhar a integralidade na ótica da atenção primária à saúde (APS) é de suma importância, visto que a integralidade objetiva deve reconhecer o multidimensionalismo no qual está inserido o indivíduo, família e ou coletividade, bases essenciais para a execução das atividades referentes à APS.

 

OBJETIVO

Identificar aspectos associados à integralidade da assistência na APS por meio de serviços disponíveis e prestados.

 

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de natureza predominantemente qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, desenvolvido na cidade de Picos-Piauí, tendo como participantes da pesquisa dezoito enfermeiras que trabalham na Estratégia Saúde da Família da zona urbana do município.

A coleta de dados ocorreu entre os meses de maio e julho de 2013 e deu-se por meio de um questionário do Ministério da Saúde de avaliação da Atenção Primária à Saúde (PCAtool - Brasil - versão profissional): componentes "Integralidade - serviços disponíveis" e "Integralidade - serviços prestados".

O estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, obtendo parecer favorável Nº 288.913/2013.

 

RESULTADOS

Serviços de saúde que podem ser disponibilizados na APS

Notou-se a indisponibilidade de ações assistenciais prioritárias do profissional médico, sendo estas a realização de suturas em cortes e a remoção de unha encravada.

Positivamente, identificou-se a disponibilidade de serviços que, para a sua realização, requer principalmente ações de enfermagem ou de outros profissionais, como o aconselhamento nutricional, avaliação de saúde bucal e tratamento dentário, planejamento familiar ou métodos anticoncepcionais, exame preventivo para câncer de colo de útero (teste Papanicolaou), cuidados pré-natais e orientações sobre cuidados no domicílio para alguém na família do paciente como: curativos, banho no leito, substituição de sondas.   

Integralidade segundo serviços prestados à usuários/responsáveis de todas as idades

Os itens do instrumento que avaliam esse quesito relacionam-se às ações de discussão entre profissionais e a comunidade sobre a prática de atividades saudáveis e a prevenção de possíveis acidentes domésticos ou automobilísticos. Ficou claro, por meio dos achados, que todos os pensamentos levantados fazem parte da rotina de trabalho das enfermeiras.

 

CONCLUSÃO

A compreensão da integralidade pelos sujeitos da pesquisa deu-se por meio da visão multidimensional do ser humano, compreendendo-o, não somente como um objeto de trabalho da enfermagem, mas, sim, como um ser social, com anseios, frustrações, sonhos, envolvidos por todo um contexto fora do seu "eu". Entretanto, esse conceito não se traduz em atividade prática, pois as enfermeiras executam ações em saúde pré-programadas, prontas, respeitando, principalmente, o que está rotulado como cuidado assistencial (programas), distanciando-se do homem biopsicossocioespiritual.

 

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei N° 8.080 de 1990. Disponível em: <https:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em: 05 dez. 2012.