CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM PROGRAMA DOMICILIAR

ERICA OLIVEIRA MATIAS

Co-autores: ÉRICA OLIVEIRA MATIAS, FRANCISCA ROBERTA BARROS PÁSCOA, HÉRICA JAMES DE ACIOLY LIMA, LARISSA BENTO DE ARAUJO MENDONÇA e FRANCISCA ELISÂNGELA TEIXEIRA LIMA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO

No contexto da Enfermagem, o cuidado domiciliar, conforme a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem Nº 267/2001, dispõe sobre o cuidado de enfermagem domiciliar como um serviço de acompanhamento, tratamento, recuperação e reabilitação de pacientes, de diferentes faixas etárias, em respostas a sua necessidade e de seus familiares1.

OBJETIVO

Identificar o perfil dos pacientes acompanhados em um programa domiciliar.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal, de natureza quantitativa. Desenvolvido no Instituto de Previdência do Município (IPM), no município de Fortaleza-CE, dentro do programa de assistência domiciliária, o IPM Lar, implantado no ano de 2002. A população do estudo foi constituída por 245 pacientes participantes do programa e a amostra por 151 pacientes que atenderem aos seguintes critérios de inclusão. A coleta de dados ocorreu no período de março a junho de 2013, por meio de um instrumento elaborado e validado previamente. O instrumento foi destinado ao paciente, entretanto, em caso de impossibilidade de comunicação entre paciente e a equipe de saúde, o instrumento foi respondido por seu responsável. O estudo respeitou os princípios da Resolução nº 466/ 12 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, conforme protocolo nº 300.787.

RESULTADOS

Os pacientes acompanhados pelo programa domiciliar apresentaram o seguinte perfil: a idade que variou de 4 a 95 anos, cuja média foi 72 anos. Há maior concentração desses pacientes na faixa etária dos 60 aos 95 anos (84,2%). Observou-se uma predominância de mulheres (57%) em relação aos homens (43%). Pertinente à procedência, teve-se distribuição por igual da capital (50%) e interior/outras capitais (50%). A maior parte (43,7%) dos pacientes possui ensino fundamental completo e incompleto, 27,8% possuíam o ensino médio, 11,2% possuíam ensino superior e 17,3% eram analfabetos. A maioria (97,3%) afirmou professar alguma religião. Destas, 88,7% declararam ser católicas e 8,6% protestantes, sendo que 2,7% não praticavam nenhuma religião. Quanto à ocupação, a maior parcela (91,4%) dos entrevistados eram aposentados e/ou pensionistas. Quanto à situação conjugal, 48,4% eram casados, 30,4% eram viúvos, 15,9% eram solteiros e 5,8% eram divorciados. Cabe destacar a proporção de mulheres viúvas que foi de 97,8% para 2,2% de homens viúvos. Em relação a distribuição das principais patologias nos pacientes em assistência domiciliar, a hipertensão arterial foi a patologia mais encontrada, estando presente em 47% dos pacientes. Outras patologias também foram identificadas, como o acidente vascular cerebral (31,1%), doenças neurológicas representadas pelo Alzheimer (30,4%) e Parkinson (9,3%), Cardiopatias (7,9%), Fraturas (16,5%), Artrite/Artrose (10,6%), Neoplasias (7,9%), Paralisia Cerebral (2,6%), além de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representadas pelo diabetes mellitus (DM), com 25,1%.

CONCLUSÃO

Conclui-se que este estudo traz implicações importantes para a prática de enfermagem no âmbito domiciliar, haja vista que a partir da identificação do perfil dos pacientes assistidos permitirá o desenvolvimento do cuidado de enfermagem direcionado para as reais necessidades de cada paciente e assim haverá uma implementação de cuidados de enfermagem mais acurados e pertinentes a clinica do paciente.  

REFERÊNCIAS

1.MARTELLI, D. R. B. et al. Internação domiciliar: o perfil dos pacientes assistidos pelo Programa HU em Casa. Physis,  Rio de Janeiro,  v. 21,  n. 1,   2011.