FATORES DIFICULTADORES E FACILITADORES DA PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NA ADESÃO DO USUÁRIO HIPERTENSO AO TRATAMENTO

BRUNA CAROLINE RODRIGUES TAMBORIL

Co-autores: ANA LARISSE TELES CABRAL, STEFANY POWER TELES CABRAL, ANA KELLY DE SOUSA FERREIRA e ZÉLIA MARIA DE SOUSA ARAÚJO SANTOS
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

INTRODUÇÃO:

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não-transmissível de alta Prevalência, cujo diagnóstico e controle são imprescindíveis, pois quando não tratada adequadamente, traz graves complicações, temporárias ou permanentes (RABETTI e FREITAS,2011). A falta de adesão ao tratamento constitui-se em um dos maiores problemas no controle da hipertensão arterial, ocorrendo em até 40% dos pacientes, por diversos motivos. Diminuir essa proporção constitui-se em um dos maiores desafios no tratamento do hipertenso (SIMONETTI et al., 2002).

 

OBJETIVO:

Descrever os fatores que facilitam e/ou que dificultam a participação do familiar cuidador na adesão do usuário hipertenso ao tratamento.

 

METODOLOGIA:

Estudo descritivo com abordagem quantitativa desenvolvido em quatro Centros de Saúde da Família (CSF), situados na Secretaria Executiva Regional VI (SER VI), na Fortaleza-CE. A coleta de dados se deu através de entrevista estruturada no segundo semestre de 2012 por um período de quatro meses com 400 familiares cuidadores indicados pelos usuários hipertensos. Os dados foram processados por meio do programa Statistic Package for Social Sciense (SPSS). A pesquisa respeitou os aspectos éticos e legais, com emissão do parecer Nº 262/10.

 

RESULTADOS:

Dentre os fatores facilitadores citados pelos entrevistados destacaram-se: colaboração de outros familiares (33,0%), solidariedade (32,0%), companheirismo (28,0%), gratidão (24,5%), obrigação (22,0%) e co-habitação com o usuário hipertenso (20,5%). Quanto aos fatores dificultadores indicados: baixo poder aquisitivo (49,7%), déficit de conhecimento sobre o tratamento (24,7%), recusa do uso regular do medicamento (24,7%), recusa ás orientações sobre o tratamento (24,5%), recusa do cuidado (24,2%), tempo reduzido para o cuidado (22,2%) e residências distantes (17,2%).

 

CONCLUSÃO:

Com isso, o processo de cuidar do hipertenso requer um perfil que os familiares cuidadores não apresentaram de maneira satisfatória, o que poderá acarretar uma sobrecarga de atividades na sua rotina diária; consequentemente, se expondo ao risco de adoecer. Também é importante destacar que o familiar cuidador, além de estar envolvido com as ações junto ao hipertenso no domicílio, não deixou de ter outra ocupação fora de casa, necessitando, portanto, administrar essas duas realidades.

 

REFERÊNCIA:

 

RABETTI, A. C.; FREITAS, S. F. T. Avaliação das ações em hipertensão arterial sistêmica na atenção básica. Revista de Saúde Pública, Florianópolis. n.2, p.258-268, 25 ago. 2011.

SIMONETTI, J.P.; BATISTA, L.; CARVALHO, L.R. Hábitos de saúde e fatores de risco em pacientes hipertensos. Revista Latino-americana de Enfermagem. São Paulo.  maio-junho; v. 10, n.3, p. 415-22. 2002.