A ENFERMAGEM NO CUIDADO CLÍNICO AO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

SAMYRA PAULA LUSTOZA XAVIER

Co-autores: INGRID MIKAELA MOREIRA DE OLIVEIRA e SAMYRA PAULA LUSTOZA XAVIER
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

INTRODUÇÃO

A Insuficiência Renal Crônica é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal, apresentando perda de sua capacidade de filtrar o sangue e regular o balanço hídrico corporal, sendo, desta maneira, considerada como um problema de saúde pública. É necessária a detecção precoce, pois muitos indivíduos conseguem sobreviver surpreendentemente com pouquíssimos sintomas. O profissional de enfermagem, além de atuar no tratamento em um estágio avançado, intervém no estágio inicial, diminuindo as potencialidades do agravamento, dando apoio a esse paciente, incentivando o seu autocuidado e à sua família também.

 

OBJETIVO

Diante do que foi exposto, o objetivo do estudo é conhecer quais os cuidados de enfermagem prestados ao portador de insuficiência renal crônica e a importância desse cuidado na efetivação da autonomia desse paciente.

 

METODOLOGIA

O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, observamos na literatura científica, a relação dos cuidados de enfermagem a pacientes com Insuficiência Renal Crônica. A busca se deu nos bancos e bases de dados Scielo, Bireme e Medline, fazendo uso dos seguintes descritores: "Cuidados de Enfermagem", "Enfermagem e Insuficiência Renal Crônica" e "Enfermagem e Hemodiálise". Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados entre o período de 2007 a 2013, em periódicos nacionais, no idioma português. A busca resultou na relação de nove artigos, onde somente quatro apresentaram adequação ao tema escolhido.

 

RESULTADOS

Constatou-se através dos estudos que, ao interagir com pacientes portadores de insuficiência renal crônica, o enfermeiro oferta uma espécie apoio educativo, para que o paciente se torne capaz de aprender e desempenhar ações de auto-cuidado, inicialmente sob a supervisão e orientação do mesmo. À priori, este avalia a capacidade das funções motoras, a capacidade de comunicação, as funções excretoras e se elas foram afetadas e em que grau. Com base nisso, o enfermeiro elabora um plano de cuidados, dirigido não apenas ao paciente, mas a família e a rede social, enfatizando a importância da colaboração de todos no processo. Neste contexto, a enfermagem promove as seguintes ações: indicação da dieta adequada levando em consideração aspectos socioeconômicos desse paciente, orientação sobre a insuficiência renal crônica e suas possíveis complicações e orientar sobre as diferentes terapias disponíveis (diálise peritoneal, hemodiálise e transplante renal). Para os pacientes que já entraram na fase dialítica, o enfermeiro deve assegurar a manutenção da qualidade de vida destes. È importante ter uma noção do estado geral do paciente e ser capaz de identificar e intervir, como, por exemplo, cuidar em manter em dia as vacinações, pois o paciente acaba se tornando imunodeprimido e susceptível à diversas infecções.

 

CONCLUSÃO

O planejamento do cuidado de enfermagem deve atender satisfatoriamente às necessidades de saúde do portador de insuficiência renal crônica, sendo também responsabilidade do enfermeiro abordar o ensino do autocuidado com uma linguagem acessível, incentivando a cooperação no tratamento dos envolvidos nesse processo (família e paciente) e o enfrentamento das mudanças advindas com a doença. Este profissional também deve atuar na orientação dos mesmos com relação ao acesso as unidades hospitalares públicas para receber atendimento e acompanhamento clínico.