GRAU DE FRAGILIDADE DE IDOSOS RESIDENTES EM ILPI

MARIA ROBERTA FREITAS DE MELO

Co-autores: MARIA ROBERTA FREITAS DE MELO, LUCÉLIA MALAQUIAS CORDEIRO, PRISCILA NUNES COSTA TRAVASSOS e MARIA ELIANA PEIXOTO BESSA
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

GRAU DE FRAGILIDADE DE IDOSOS RESIDENTES EM ILPI

Maria Roberta de Freitas Melo[1]

Lucélia Malaquias Cordeiro[2]

Priscila Nunes Costa Travassos[3]

Maria Eliana Peixoto Bessa[4]

 

INTRODUÇÃO:

Com processo de envelhecimento o organismo humano torna-se mais vulnerável a adquirir risco à qualidade de vida devido ao aparecimento de fragilidade, acarretando a diminuição da independência e autonomia do idoso.

Bergman et al. (2004) conceituam fragilidade como uma síndrome multidimensional, resultante da interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais no curso de vida.Sendo, portanto importante realizar a avaliação do grau de fragilidade em idosos a fim de promover ações para estimular a capacidade funcional do idoso.

OBJETIVOS:

Avaliar o grau de fragilidade de idosos que residem em Instituição de Longa Permanência.

METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo quantitativo desenvolvido em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI)localizada na cidade de Fortaleza-CE. A população em estudo foi de 22 idosos institucionalizados.Foram utilizados os critérios de inclusão os idosos capazes de ouvir e entender o suficiente para participar da entrevista e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, os que não possuíam deficiência visual, não eram acamados e usuários de cadeira de rodas. Os critérios de exclusão foramidosos que não apresentavam seu grau de cognição preservado. Os dados serão coletados por meio da Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE), que foi elaborada por Rolfsonet al. (2006) e adaptada e validada para o contexto brasileiro por Fabricio-Wehbe (2008).A coleta de dados procedeu no mês de Setembro a Novembro de 2013. A pesquisa foi aprovada no COMEPE/ UFC 237/11. Está de acordo com a resolução nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde.

RESULTADOS:

A partir da avaliação das fichas, pode-se chegar aos seguintes resultados: no domínio cognitivo, com aplicação do Teste do Desenho do Relógio (TDR), apenas 3 idosos atingiram o objetivo esperado; em relação ao estado de saúde, 15 idosos consideraram-se saudáveis; na independência funcional, 11 idosos eram capazes de realizar AVD's sem ajuda; quanto ao suporte social, 15 idosos sempre podiam contar com ajuda de alguém; ao uso de medicamentos, 13 idosos não tomavam mais de cinco ou mais remédios diferentes e nem esqueciam de tomá-los; na nutrição, 13 idosos afirmaram não ter tido perda de peso; no humor, 9 idosos disseram não se sentir triste ou deprimido com freqüência; quanto a continência, 15 idosos relataram ter dificuldades para controlar a urina; ao desempenho funcional, no teste "levante e ande", apenas 3 idosos foram capazes de cumprir o teste no tempo adequado. No total, 6 idosos não apresentavam fragilidade, 6 apresentavam vulnerabilidade para fragilidade, 7 apresentavam fragilidade leve e apenas 1 idoso apresentou fragilidade severa.

CONCLUSÃO:

Neste estudo prevaleceram os idosos que não possuíam fragilidade severa, possibilitando desenvolver estratégias para a prevenção da fragilidade ou a diminuição dos seus agravos, promovendo um envelhecimento saudável.

REFERÊNCIAS:

BERGMAN, H.; BELAND, F.; KARUNANANTHAN, S.; HUMMEL,S.; HOGAN, D.; WOLFSON,C.Développement d'uncadre de travailpourcomprendre et étudierlafragilité. GérontologieetSociété, n. 109, p. 15-29, 2004.

FABRÍCIO-WEHBE, S. C. C. Adaptação cultural e validação da "Edmonton FrailScale" (ESF) - escala de fragilidade em idosos. 2008. 184 f. Tese (Doutorado) - Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem entre Escola de Enfermagem/ Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.

ROLFSON, D. B.; MAJUMDAR, S. R.; TSUYUKI, R. T.; TAHIR, A.; ROCKWOOD, K. Validity and reliability of the Edmonton Frail Scale. Age Ageing, v. 35, p. 526-529, jun. 2006.

 


[1]Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza. Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/UNIFOR.

[2]Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza. Bolsista de Iniciação Científica - FUNCAP. Estagiária na Instituição de Longa Permanência Lar Torres de Melo.

[3]Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza. Bolsista de Iniciação Científica PAVIC/UNIFOR.

[4]Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Docente da Universidade de Fortaleza.