REFLEXÃO SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO: SUBSÍDIOS PARA SUA PRÁTICA ASSISTENCIAL

PRISCILLA CAROLINNE ARAÚJO DE FREITAS

Co-autores: ANA RUTH MACEDO MONTEIRO
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

INTRODUÇÃO A necessidade de julgar que respostas da clientela (indivíduo, família e comunidade) demandam o cuidado profissional de enfermagem nos reporta à adoção de uma metodologia assistencial e, portanto, ao Processo de Enfermagem. Compreendemos o Processo de Enfermagem como um instrumento ou modelo metodológico de que lançamos mão, tanto para favorecer o cuidado, quanto para organizar as condições necessárias para que o cuidado seja realizado (KRON; GRAY, 2009). Sua aplicação de modo sistemático, planejado e dinâmico, nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e predizer como nossa clientela responde aos problemas de saúde ou aos processos vitais, assim como nos possibilita determinar que aspectos dessas respostas necessitam de nosso cuidado profissional, para alcançar resultados pelos quais somos responsáveis. Visto a partir dessa perspectiva, o Processo de Enfermagem determina a existência de alguns elementos que lhe são inerentes: o que os exercentes da Enfermagem fazem (ações e intervenções de enfermagem), tendo como base o julgamento sobre fenômenos humanos específicos (diagnóstico de enfermagem), para alcançar os resultados esperados (resultados sensíveis à ação ou à intervenção de enfermagem).  

OBJETIVO Refletir e nortear sobre o Processo de Trabalho de Enfermagem e sua aplicabilidade nos serviços de saúde, a fim de subsidiar a atuação do enfermeiro nesse processo. 

METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão de literatura, em que foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do Processo de Trabalho de Enfermagem, utilizando-se as bases de dados do LILACS, MEDLINE e BDENF. Para proceder a busca utilizou-se as palavras-chave: processo de enfermagem, assistência e enfermagem. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, espanhol e inglês, completos e disponíveis online, a partir do ano de 2009. Foram encontrados 71 trabalhos sobre o tema, sendo apenas 25 artigos selecionados para este estudo por atenderem integralmente o objetivo do estudo. 

RESULTADOS A introdução formal do conceito Processo de Enfermagem em nossa linguagem profissional, nos anos 1950, foi influenciada pela ênfase dada ao método de solução de problema, com raízes no método científico de observação, mensuração e análise de dados que, obviamente, não são específicos da Enfermagem. O Processo de Enfermagem foi importante porque chamou a atenção profissional sobre a necessidade de pensar antes de agir. Os programas de ensino enfocavam o cuidado de enfermagem centrado na identificação e na solução de problemas. Um aspecto que caracterizava essa geração do Processo de Enfermagem era que as necessidades de cuidado de enfermagem e os processos de solução dos problemas dos pacientes relacionavam-se, predominantemente, a determinadas condições fisiopatológicas, médicas. À medida que os padrões de solução desses problemas se tornavam conhecidos, entendeu-se haver a necessidade de classificar e padronizar os problemas que mais frequentemente requeriam a atenção da Enfermagem. Em 1973, foi realizada nos Estados Unidos a primeira conferência para classificação de diagnósticos de enfermagem, com o propósito de iniciar um diálogo entre enfermeiras docentes e assistenciais sobre a possibilidade de construção de uma nomenclatura padronizada que pudesse descrever os problemas clínicos mais comuns na prática profissional (CARVALHO, 2012). Dessa forma, pode-se afirmar que o movimento de identificação e classificação dos diagnósticos de enfermagem marcou o início de uma nova geração do Processo de Enfermagem e, acima de tudo, o início de uma nova era para a Enfermagem, que avança, progressivamente, desde então, para sua estruturação definitiva como uma Ciência.

CONCLUSÃO A prática reflexiva habilita o profissional a remodelar seus raciocínios, seus julgamentos e suas ações enquanto estão sendo realizados. É um modo de pensar e de agir dinâmico, em espiral ascendente e recorrente que leva à mudança na prática. 

REFERÊNCIAS CARVALHO, E.C.  Raciocínio clínico na formulação de diagnóstico de enfermagem para o indivíduo. 2ed.  Brasília: ABEn. p.27-38, 2012. KRON, T.;  GRAY, A.  Administração dos cuidados de enfermagem ao paciente: colocando em ação as habilidades de liderança.  6ed.  Rio de Janeiro:  Interlivros,  2009.