O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DE DOR AGUDA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

LÍVIA PINHEIRO MESQUITA

Co-autores: LÍVIA PINHEIRO MESQUITA e ANA CLÁUDIA DE SOUSA LEITE
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

INTRODUÇÃO: A dor é uma experiência subjetiva, genuinamente pessoal, que pode estar associada a dano real ou potencial aos tecidos. A percepção da dor caracteriza-se como uma experiência multidimensional, diversificando-se na qualidade e na intensidade sensorial, sendo influenciada por variáveis afetivas e emocionais (SOUSA, 2002). Desde janeiro do ano de 2000, a dor é considerada como o quinto sinal vital, trazendo como consequência a necessidade de sua avaliação e registro (PEDROSO; CELICH, 2006). Considera-se o diagnóstico de enfermagem como uma linguagem própria e padronizada, conceituada como o julgamento clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos processos vitais ou aos problemas de saúde, que fornecem a base para a seleção das intervenções de enfermagem e para atingir resultados, pelos quais o enfermeiro seria o único responsável (NANDA, 2012).
OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi analisar o diagnóstico de enfermagem Dor Aguda na literatura pesquisada.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores: Diagnósticos de Enfermagem e Dor. Foram encontrados 264, filtrando para os últimos cinco anos, 84 artigos e fazendo uma analise mais detalhada restaram 11 artigos que embasaram esta pesquisa.
RESULTADOS: O diagnóstico de enfermagem Dor Aguda foi evidenciado em todos os estudos, porém em um numero pequeno de pacientes, mostrando com a dor é subestimada e subtratada.
DISCUSSÃO: Em estudo realizado com 40 pacientes hospitalizados com doenças cardiovasculares a Dor aguda foi identificada em 21 (70,7%), contudo, o relato verbal de dor foi apresentado em 100% dos clientes (PEREIRA et al, 2011) . Essa pesquisa evidencia que a dor é subestimada, subtratada e não registrada no processo de enfermagem. Em estudo sobre implantação de diagnósticos de enfermagem em unidade de terapia intensiva (UTI) o diagnóstico de dor foi evidenciado apenas em 5 pacientes da analise de 150 prontuários, mostrando novamente como a dor é subestimada (PAGANIN, 2011). Em estudo com vitimas fatais decorrentes de trauma no cenário da emergência o diagnóstico de dor aguda foi encontrado em apenas 8 pacientes de um total de 406 pacientes fato justificado pela inconsciência da maioria dos pacientes (SALLUM;SANTOS; LIMA, 2012). Em estudo com 37 crianças hospitalizadas o diagnóstico de dor aguda foi identificado em 13 crianças, sendo a dor identificada apenas em crianças que verbalizavam. No estudo com 219 pacientes hospitalizados a Dor aguda foi o 8º diagnostico mais frequente em 44 pacientes.
CONCLUSÃO: O profissional enfermeiro é o integrante daequipe multidisciplinar que permanece maior tempo emcontato com o paciente,permitindo, dessa forma, atuação integral, sustentadapelo diagnóstico de enfermagem, seja na qualidade deprestador de cuidados ou de educador em saúde. Essasações valorizam sua atuação e reforçam a importânciado uso do processo de enfermagem, de garantir asistematização das ações e o seu adequado registro,contribuindo para a sua autonomia profissional. Portanto o enfermeiro deve estar atendo para os sinais de dor, avaliar, tratar e registrar a dor como diagnóstico de enfermagem.
REFERÊNCIAS:
NORTH AMERICAN NURSING ASSOCIATION-NANDA Diagnósticos deenfermagem da nanda: definições e classificação- 2012-2014. São Paulo: Artmed; 2012. 456 p.
PAGANIN A, MENEGAT P, KLAFKE T, LAZZAROTTO A, FACHINELLI TS, CHAVES IC, SOUZA EN. Implantação do diagnóstico de enfermagem em unidade de terapia intensiva:uma análise periódica. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 jun;31(2):307-13.
PEDROSO RA, CELICH KLS. Dor: quinto sinal vital, um desafio para o cuidar em enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2006;15(2):270-6.
PEREIRA JMV, CAVALCANTI ACD, SANTANA RF, CASSIANO KM, QUELUCI GC,GUIMARÃES TCF, Diagnósticos de enfermagem de pacientes hospitalizados com doenças cardiovasculares, Esc Anna Nery (impr.)2011 out-dez; 15 (4):737-745)
SALLUM AMC, SANTOS JLF, LIMA FD. Diagnósticos de enfermagem em vítimas fatais decorrentes de traumano cenário da emergência. Rev. Latino-Am. Enfermagem, jan.-fev. 2012;20(1)
SOUSA FAEF. Dor: o quinto sinal vital. Rev Latino AmEnferm. 2002;10(3):446- 7.