GRUPO DE HIPERTENSOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA E SUA ESCOLARIDADE: REFLEXO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

TERESA CRISTINA DE FREITAS

Co-autores: ÍTALO LENNON SALES DE ALMEIDA, RAQUEL RODRIGUES DA COSTA, FRANCISCO WAGNER DE SOUSA PAULA e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

GRUPO DE HIPERTENSOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA E SUA ESCOLARIDADE: REFLEXO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível, na qual a disseminação de conhecimentos sobre sua prevenção e a adoção de estilo de vida saudável pode favorecer sua prevenção e controle. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle, é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública (1). Interferir nos fatores de risco modificáveis da doença, como peso, etilismo, tabagismo, sedentarismo e hábitos alimentares insalubres é a forma mais eficaz de prevenir a doença e suas complicações. A educação interfere na exposição de um individuo aos fatores de risco da HAS. Sua presença favorece a saúde por meio do autocuidado. As experiências educativas com usuários portadores de hipertensão são incipientes e em pequena medida se reportam à perspectiva de formação da "consciência critica" sobre saúde (2). Assim, faz-se necessária a criação e desenvolvimento de estratégias de educação em saúde para a estimulação do autocuidado, prevenindo agravos à saúde nesses pacientes.
OBJETIVO
Descrever a escolaridade de um grupo de pacientes hipertensos participantes de um grupo de hipertensos da região metropolitana de Fortaleza.
METODOLOGIA
Trata-se de um recorte de pesquisa anterior realizada em Maracanaú-Ceará-Brasil, em uma Unidade Básica de Saúde da Família-UBASF. A população do estudo foi composta por 28 pacientes hipertensos cadastrados no grupo de hipertensos da unidade. Foram incluídos no estudo os hipertensos de ambos os sexos, cadastrados no grupo de hipertensos da unidade, que frequentam o grupo há mais de três meses e que estiveram nas reuniões do grupo durante a coleta de dados deste estudo. Foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado. A pesquisa respeitou os aspectos éticos e legais tendo sido o projeto submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Infantil Albert Sabin e aprovado com o número 76923
RESULTADOS
Dos 28 entrevistados, aproximadamente 61% tinham mais de 60 anos e 39% menos do que 60 anos. Todos eram casados. Em relação à escolaridade, três (11%) eram analfabetos, 18 (64%) possuíam ensino fundamental incompleto, cinco (17%) fundamental completo, um (4%) ensino médio incompleto e um (4%) ensino médio completo. A escolaridade deve ser considerada no planejamento das estratégias de enfrentamento da HAS, pois é um fator que influência na obtenção de informações importantes sobre a doença e as políticas de saúde voltadas para ela. Também é fundamental potencializar as estratégias de educação em saúde, utilizando imagens, adequando termos usados durante as orientações e identificando quais sujeitos têm maior déficit de conhecimentos.
CONCLUSÃO
Quando se discute sobre a HAS e seus reflexos na saúde da população, consideram-se diversos fatores de risco, associados e agravantes. A escolaridade da população brasileira esta alcançando níveis cada vez melhores, temos menos analfabetos e mais pessoas atingindo o nível superior, porém a faixa populacional analfabeta ou com pouca escolaridade ainda é larga, tornando importante o desenvolvimento de estratégias para disseminação de informações quanto a aspectos importantes do adoecimento, políticas públicas e prevenção de agravos junto a esses pacientes.
REFERÊNCIAS
1. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão /Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.

2. Toledo, M. M. ; Sa, R. C. S. E. ; Chiesa, A.M . Educação em saúde no enfrentamento da hipertensão arterial: uma nova ótica para um velho problema. Texto & Contexto. Enfermagem, v. 16, p. 233-238, 2007.