ADOLESCENTE GRAVIDA VITIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL: RELATO EXPERIÊNCIA RAFAELA OLIVEIRA DE SALES(IC)1 POLIANA HILÁRIO MAGALHÃES(PQ)2 INTRODUÇÃO A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR É POR SI UMA VIVÊNCIA QUE PODE DEI

RAFAELA OLIVEIRA DE SALES

Co-autores: RAFAELA OLIVEIRA DE SALES e POLIANA HILÁRIO MAGALHÃES
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

ADOLESCENTE GRAVIDA VITIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL: RELATO EXPERIÊNCIA

Rafaela Oliveira de Sales(IC)1

Poliana Hilário Magalhães(PQ)2

INTRODUÇÃO A violência intrafamiliar é por si uma vivência que pode deixar seqüelas físicas e, sobretudo, profundas marcas psíquicas (BRASIL, 2009). Geralmente as vítimas são oriundas de famílias muito pobres, com histórias de violência doméstica, experiências anteriores de violência sexual (intra ou extrafamiliar) e moradoras de municípios de baixo desenvolvimento socioeconômico (BRASIL, 2009).

OBJETIVO Objetivou-se analisar a ocorrência e os fatores associados à violência intrafamiliar contra uma adolescente.

 METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência, no qual foi vivenciada pela acadêmica do curso de enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde no mês de abril de 2013 no município de Fortaleza-Ceará. A entrevista ocorreu em um consultório da UBS, durante uma consulta de pré-natal, onde a paciente acompanhada de sua avó relata a sua história atual.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Adolescente de 14 anos de idade, grávida de 5 meses. Oriunda do interior mora com a mãe, o padrasto e quatro irmãos. Comparece com sua avó a uma UBS da capital para iniciar a sua primeira consulta de pré-natal. Quando questionada sobre os riscos de uma gravidez juvenil, a adolescente afirma desconhecer tais riscos. As complicações mais associadas com a gravidez na adolescência são a pré-eclampsia, a anemia, as infecções, o parto pré-termo, as complicações no parto e puerpério e perturbações emocionais bem como as conseqüências associadas à decisão de abortar (GIFFIN, 2007).

1-Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Fortaleza- UNIFOR.

2-Enfermeira Graduada pela Universidade de Fortaleza- UNIFOR.

 

Ao ser interrogada sobre a paternidade da criança a adolescente demonstra ambigüidade nas respostas, necessitando à ajuda da avó para responder. Mesmo sendo suspeita de abuso sexual, o adolescente vitima, diante de uma pessoa desconhecida, pode inicialmente negar, não querer falar no assunto ou oscilar na suas informações (HABIGZANG et,al., 2008). A adolescente relata sua preferência em morar com a avó, justificando que temer as reações exacerbadas do companheiro de sua mãe. Um importante aspecto que influencia a revelação do adolescente é o receio de provocar danos a estrutura familiar, pois em geral, isto é fruto da intimidação dos agressores, que agem com chantagens e ameaças para que mantenham o segredo (HABIGZANG et,al., 2008). 

CONCLUSÃO Obter o relato de um adolescente em situações de abuso sexual é uma tarefa complexa que requer a capacitação dos profissionais para realizar um diagnóstico. O profissional, precisa entender exatamente o que está ocorrendo e as conseqüências das declarações, pois nesses casos, o agressor é em geral alguém próximo com quem a vítima tem laços de afeto e confiança que foram rompidos ou abalados. Portanto, profissionais da saúde têm atuado no estudo, na prevenção e na intervenção dos casos de abuso sexual, procurando compreender as implicações desse fenômeno e promovendo medidas de proteção para as vítimas.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Impacto da Violência na Saúde das Crianças e Adolescentes. Brasilia: Ministério da Saúde. 2009b.

GIFFIN K, Dantas-Berger S. M. Violência de gênero e sociedade de risco: uma abordagem relacional. In: Taquette S. R, organizador. Violência contra a mulher adolescente/jovem. Rio de Janeiro: Eduerj; 2007. p.55-60. 

HABIGZANG, L. F, et al . Entrevista clínica com crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Estud. psicol. (Natal),  Natal,  v. 13,  n. 3, Dec.  2008.