ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA TERAPIA COM BOMBA DE INFUSÃO DE INSULINA E SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO CONTÍNUA DE GLICOSE EM TEMPO REAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

EDUARDO RODRIGUES MOTA

Co-autores: EDUARDO RODRIGUES MOTA¹, MARIA EDUARDA MAGALHÃES ARAÚJO¹, GUSTAVO BRUNO MARTINS DOMINGOS¹ e SAMILA TORQUATO ARAÚJO²
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

Introdução:

Uma alternativa eficaz e moderna ao tratamento para pacientes com Diabetes Mellitus é a terapia com bomba de infusão de insulina e sistema de monitorização contínua de glicose em tempo real. A bomba de insulina é um dispositivo computadorizado que fornece insulina continuamente ao longo do dia de acordo com as necessidades de cada paciente. A bomba fornece insulina de duas maneiras: uma liberação contínua, que mantém a glicose no sangue estável entre as refeições e durante o sono (basal de insulina); e uma quantidade maior que é liberada pelo usuário quando a glicemia está muito elevada, e antes das refeições (bolus de insulina). O sistema de Monitorização Contínua da Glicose é feita através do uso de um sensor que é aplicado no subcutâneo, é possível acessar as leituras contínuas da glicose, alarmes de segurança e os dados de tendência glicêmica ao longo do dia.

Objetivos:

Descrever a atuação do enfermeiro na terapia com bomba de infusão de insulina e sistema de monitorização contínua de glicoseem tempo real.

Metodologia:

Estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado em abril de 2014 em uma clínica particular, durante a assistência do enfermeiro na instalação, orientação, manuseio e aplicação da bomba de infusão de insulina e sistema de monitorização contínua de glicose. O procedimento teve duração de 3 horas, na ocasião o acadêmico acompanhou todo o procedimento.

Resultados:

J.A.R.C, sexo masculino, 20 anos, diagnosticado com DM tipo I há 10 anos. Anterior à terapia com bomba de insulina, fazia uso de 40U de lantus e 40 - 50 U/dia de insulinahumalog em esquema basal/bolus. Afirma quadros de hipoglicemia 5 vezes/semana, nega internações ou complicações devido a doença.Última hemoglobina glicada foi 8.9%.Apresentava controles glicêmicos insatisfatórios, não realizava dieta e não praticava exercícios físicos.O paciente já havia realizado há 4 anos um teste de um mês com a bomba, o que facilitou a compreensão do processo e funcionalidade do equipamento.Na ocasião, foi realizado a instalação da bomba definitiva do paciente com o sistema de monitorização de glicose. Foi orientado a manter a contagem de carboidratos, foram realizadas simulações de contagem e liberação de bolus. Realizado exercícios utilizando o bolus wizard para correção, refeição e ambos. Manuseou bem os descartáveis, mas a cânula foi inserida pelo enfermeiro no flanco esquerdo, sem intercorrências. A troca de descartáveis aconteceu 3 dias depois, sob supervisão do enfermeiro e nessa mesma ocasião, foi instalado o sensor/minilink.

Conclusão:

Nota-se o quão relevante é para os profissionais de enfermagem o conhecimento sobre o diabetes e novos tratamentos. Então, preparar os acadêmicos é de suma importância e pode impactar positivamente a saúde da população. O enfermeiro é o profissional que instrui mais objetivamente o paciente, facilita os processos, conscientiza sobre a importância do tratamento. É considerável também que a seleção do paciente para uso da bomba deve ser realizada de forma extremamente adequada.

Referências Bibliográficas:

* MINICUCCI, W. J. Uso de bomba de infusão subcutânea de insulina e suas indicações. Arq Bras Endocrinol Metab vol.52 no.2 São Paulo Mar. 2008. Acessado em Abril de 2014.

*Hissa, M. N. ET AL. Tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 1 com Bomba de Infusão Subcutânea Contínua de Insulina e Insulina Lispro. Arq Bras Endocrinol Metab vol.45 no.5 São Paulo Oct. 2001. Acessado em Abril de 2014.